quarta-feira, dezembro 19, 2007
pinky show
they're great they're cats and it shows that many americans really care about the world
they rock I'm their biggest fan
and it shows there's lot more to know about them and the rulling class is full of bad intentions everywhere and I'm running out of words here
http://www.youtube.com/watch?v=pjlmRs8FcJg
assita war in Iraq (Legal?)
how to solve illegal immigration
quarta-feira, dezembro 12, 2007
mellow romantic funny (Magnetic Fields)
or sing them along lonely at home weeping yourself out watching Doctor Zhivago and palying "69 love songs" instead of the original sound track, YEAH, they're that good.
I'm sorry that I love you
terça-feira, dezembro 11, 2007
By Milan Kundera, in" A insustentável leveza do ser"
tirado da coluna do Rubens Alves
domingo, dezembro 09, 2007
INFLUXO REPUXO (2004)
CÉU (By BANDEIRA)
sábado, dezembro 08, 2007
waitin' for a superman (Flaming lips)
Asked you a question
I didn't need you to reply
Is it gettin' heavy?
But they'll realize
Is it gettin' heavy?
Well I thought it was already as heavy
As can be
Is it overwhelming
To use a crane to crush a fly?
It's a good time for Superman
To lift the sun into the sky
'Cause it's gettin' heavy
Well I thought it was already as heavy
As can be
Tell everybody
Waitin' for Superman
That they should try to hold on
Best they can
He hasn't dropped them
Forgot them
Or anything
It's just too heavy for Superman to lift
Is it gettin' heavy?
Well I thought it was already as heavy as can be.
Tell everybody
Waitin' for Superman
That they should try to hold on
Best they can
He hasn't dropped them
Forgot them
Or anything
It's just too heavy for Superman to lift
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Escolas, Meninos, Shoppings e Urubus (Robert Hawkins)
Pessoas, outras vidas, foram afetadas para sempre por causa do ato insólito de Robert. E as coisas não vão mudar na terrra do Tio Sam, no máximo a cantilena do problema das armas volta à tona.
O problema não é só americano. Nem só das armas. ( e muito menos da maconha, segundo Tropa de elite) Aqui há outro tipo de violência, disseminada, mas também dentro da escola, e fora, e em toda parte. Das classes A a Z as crianças, os adolescentes estão, cada vez mais, envolvidos com a violência e o crime. A única diferença é que os meninos daqui não ficam tão famosos quanto os de lá.
Só queria sublinhar que grande parte dos casos são perpetrados por meninos e garotos. Por que quase sempre são jovens do sexo masculino? Ninguém parou pra pensar, nem os psicólogos? Nem os sociólogos? Nem o Papa ou o Pastor?
A dica literária é esse livro excelente. Li há mais ou menos um ano, por causa duma entrevista do autor no roda viva. O tema aqui é tratado do ponto de vista de um adolescente do interior americano. Conselho: leia em Inglês, pra não perder a forma. Porque literatura é forma, ciência é que é conteúdo, segundo o jovem Lukács.
Se não tiver tempo de ler livro ouça Rancid (as loud as possible) e preste atenção no coteúdo e na forma
"Salvation"
Come on baby won't you show me what you got
I want your salvation
there's a neighborhood called blackhawk
where all the rich people hide
I was down on my luck working for the salvation army
The shelter is where i reside
Everyday we drive into blackhawk
and we pick up the offerings
Microwave, refrigerator for the suffering
Come on baby won't you show me what you got
I want your salvation
I can't believe these people live like kings
Hidden estates and diamond rings
I'm a rat out on a mission
I'm in your front yard under suspicion
Come on baby won't you show me what you got
I want your salvation
http://br.youtube.com/watch?v=pNzGIhPui5U
Vernon God Little
sonho
"Felicidade é tão somente coincidir a vida com as idéias ".
Camus
Aí, chega você, que entende a minha língua, eu te digo te amo, você finge não entender, eu disfarço.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
lendo e aprendendo
Michele II
, QUE SERIA MUITO SIMPLISTA. Assim segue o texto:BOLETIM CLÍNICO - número 19 - novembro/2004
3. A Perda e o Retorno do Pai
Ensaio apresentado em Mesa Redonda no Simpósio "Perspectivas junguianas para o terceiro milênio, PUC-SP, 1999.
Este ensaio visa compreender a questão da chamada "perda do pai" no indivíduo e na cultura contemporâneos, a síndrome do pai ausente tão apontada pela Psicologia Analítica nas décadas de 80 e 90, assim como mostrar alguns possíveis desdobramentos deste problema.
Iniciaremos com o relato de três situações aparentemente não relacionadas:
Situação 1: Em uma sessão de análise, um homem, na faixa dos quarenta, se queixa que sua casa está um pandemônio e ele não encontra lugar nela - sua mulher fala alto e ocupa o telefone; seus filhos estão alojados cada um em uma TV e o computador... sempre ligado na Internet!. Conta um sonho em que ele é o chefe de uma família muçulmana e ali ele reina soberano.
Situação 2: Em uma escola no Colorado, nos Estados Unidos, dois jovens de classe média alta, filhos de respeitáveis pais, e que se sentiam marginalizados na escola, resolvem detonar os seus colegas, no sentido estrito da palavra: carregados de munições, promovem uma carnificina, matando vários deles, ferindo outros e destruindo muitos equipamentos.
Situação 3: os jornais noticiam atos de vandalismo nas escolas públicas de São Paulo: bombas, jovens que se matam por motivos aparentemente triviais, competição destrutiva de gangues.
Estes e outros exemplos aparecem quase todos os dias na imprensa e povoam e amedrontam as nossas vidas - o que estaria acontecendo? Onde, no meio de situações tão díspares e do caos, podemos extrair um sentido?
Gostaríamos de analisar estas situações tendo como referência alguns conceitos da Psicologia Analítica, em especial o arquétipo paterno, o arquétipo bipolar Senex-Puer e suas manifestações.
O pai é entendido na Psicologia Analítica em primeiro lugar como um símbolo. Segundo Jung, Von Franz e outros teóricos da Psicologia Analítica, o pai como símbolo representa, nas palavras de Tacey, "a ordem do mundo, a tradição estabelecida e o edifício moral construído por aquela tradição" (Tacey, 1997, p.38).
Nos mitos e contos de fada podemos ver esta figura aparecendo, por exemplo, como o rei doente que vai morrer e deseja deixar o seu legado para um filho, que deverá ser escolhido, em geral, entre três (von Franz, 1981). Ou aparece como um rei doente que possui uma ferida que deverá, como na lenda de Parsifal, ser curada através de um ato realizado por um jovem predestinado (Johnson, 1994).
Este símbolo, aponta, portanto, que há uma ordem antiga do mundo e da cultura que está morrendo ou está gravemente ferida e que deverá ser redimida ou substituída por uma nova.
Assim, estabelece-se uma dinâmica entre o velho elemento, o Senex, e o novo, o Puer, componentes do arquétipo bipolar Senex-Puer, como assinala James Hillman (1990), como um dinamismo coletivo inconsciente e que está na base dos fenômenos culturais e sócio-históricos, na família, nos relacionamentos e no indivíduo (Hillman,1990). No nível das manifestações, esta dinâmica gera ou é sincronística a eventos históricos, como as revoluções sociais, econômicas e políticas e em relações específicas, como é a relação pai e filho, no já proclamado conflito de gerações.
O Puer, o arquétipo da criança, em oposição ao Senex, é um arquétipo que anuncia um novo estado de consciência, uma nova atitude. Como símbolo é ele quem nos traz a renovação, o lúdico, a saída da estagnação e a criatividade. Durante muito tempo a criança, foi ligada (e isso muito por responsabilidade da própria Psicologia), à imaturidade, ao infantilismo, ao narcisismo e à onipotência. Como dizemos habitualmente, ao nos referirmos àlgumas pessoas: "ele é muito infantil, não amadureceu..." A bipolaridade de todo arquétipo, todavia, nos faz ver que a criança não nos fala apenas do aspecto patológico da psique, mas também é aquela que está mais próxima da origem, do inconsciente e do manancial criativo deste.
Podemos perceber na história da família e da criança, como aponta Ariès (1978), que a partir do século XVI a criança foi sendo vista de uma forma diferente, não mais um adulto em miniatura, ou um servo encarregado de serviços pesados, mas como um membro a ser cuidado e amparado. Com a fundação da escola, esta constituiu um lugar para a sua formação.
A família moderna, portanto, no início de sua constituição (e que se evidenciaria na família nuclear), começa a girar em torno da criança, vista agora em seu desamparo e necessitada de um desenvolvimento. Isto deu uma nova configuração à família, um lugar de sentimentos, onde o que conta é o cuidado e o amor e não mais como uma posse que, por sua vez, iria tomar conta da linhagem e patrimônio do pai.
Ao mesmo tempo, no entanto, em que a criança é promovida, em que este arquétipo começa a invadir a consciência coletiva, o símbolo do Pai começa a entrar em decadência. Na Revolução Francesa, os pais autoritários da pátria são depostos pelo povo, que adota o seguinte lema: igualdade, liberdade e fraternidade, ideário que até hoje é perseguido e debilmente alcançado.
O ideário da Revolução Francesa antecipa uma aspiração, como utopia, daquilo que recentemente vai sendo estabelecido de forma mais concreta, como direitos: liberdade enquanto fim da dominação de um povo sobre outro, de uma religião sobre outra, de uma tendência sexual sobre outra, do homem sobre mulher, o estabelecimento dos direitos da criança e do adolescente. Todos, pelo menos no ideário, são iguais como cidadãos e perante a Lei. E a fraternidade se estabelece como um princípio na relação entre as pessoas.
A fraternidade, como um ideário, parece apontar como um aspecto da nova consciência que está se desenvolvendo, que enxerga o outro como um irmão. Não como aquele a quem eu me sujeito ou a quem eu sujeito, estabelecendo uma condição que parece propor, ao menos timidamente a dinâmica da alteridade, como coloca Carlos Byington (1983).
Os ideários de mudança corroem, portanto, o símbolo do pai gradativamente durante os séculos, paulatinamente e fazem emergir o símbolo da criança como uma força renovadora.
Estas mudanças trouxeram uma decorrada do pai na consciência coletiva e individual. Na família, visto e idealizado até o século XIX como guia para todas as circunstâncias, o pai agora não é apenas criticado, mas desvalorizado. Muitos de seus papéis, como o educador, foram absorvidos pela escola. A mãe começa a despontar nesta dinâmica como o principal ator no espaço doméstico, ao lado dos filhos, enquanto o pai se afasta da cena.
O século XX assistiu, em todas as manifestações sociais a derrocada do pai, a descoberta de seu lado sombrio, o lado unilateral e repressivo do patriarcado. Assim, o espaço luminoso e idealizado do pai-tradição foi empanado pelo seu lado sombrio e pouco misericordioso. A literatura nos deu mostras deste aspecto, como em "Cartas a meu pai", de Kafka, onde ele conta os aspectos repressivos na relação com seu pai e "A morte de Ivan Ilitclh", de Tolstoi, que nos fala de um funcionário público sufocado pelas convenções coletivas, expressão de um pai cultural autoritário (Kast, 1997; Stein, 1979).
O movimento feminista também ajudou a erodir este símbolo, na conquista do direito das mulheres. Em seus escritos, as feministas ressaltaram os aspectos repressivos do patriarcado tanto para as mulheres, quanto para os homens. Os movimentos masculinos, por outro lado e na mesma linha, assinalam o nascimento de uma nova masculinidade e uma nova paternidade, nascidas da participação do pai na vida doméstica e na dimensão igualitária dos relacionamentos.
A Psicologia Analítica não escapa deste movimento, assinalando a presença do complexo paterno negativo, do Cronos devorador de seus filhos e produtor de patologias psíquicas (Vitale, 1979).
A ênfase, no entanto, no aspecto negativo do pai, arrastou para o inconsciente todos os aspectos positivos da consciência patriarcal, que são questionados e não vividos, como a lei, a ordem, a disciplina, o auto-controle, o ter responsabilidade, a coragem e a agressividade necessária para enfrentar as situações difíceis da vida, todos os aspectos, enfim, que compõem o espírito masculino.
Ao mesmo tempo, o Puer passa a ser valorizado e atuado de uma forma positiva nas mudanças tecnológicas e criativas da idade moderna, mas também de uma forma perversa, sendo a criança e o adolescente vistos como o centro da família, em torno da qual ela deve girar; o Puer também aparece na modernidade através da ideologia da eterna juventude, onde se estabelece uma ditadura da moda jovem e do aspecto jovem. O envelhecimento passa a ser estigmatizado e até o velho deve sempre ser rejuvenescido para ser aceito.
Cria-se, portanto, na cultura e no indivíduo, um nível muito alto de tensão entre as polaridades arquetípicas do Senex e do Puer, um conflito muito grande entre os dois lados: o Puer a exigir cada vez mais o seu espaço de renovação (e com o qual estamos culturalmente identificados) e o Senex, no inconsciente, a exigir uma atenção especial.
Assim, podemos voltar agora às nossas situações inicialmente enunciadas e tentar entendê-las. No caso do paciente citado, estaria o inconsciente, através do sonho, compensando uma situação para ele caótica, que o imobiliza e o deprime? Seria este o desejo do pai, de voltar a ser um pater familiae, uma auctoritas, o chefe? Poderíamos entender o sonho como um "chamar a atenção" para um lado paterno desprezado?
E nas situações extremas de violência entre jovens, o que acontece?
Poderíamos entender que jovens que delinquem, que se matam e se suicidam são um sintoma de que não são vistos, não são percebidos e não são iniciados no espírito do masculino ou na função paterna? Julgam que podem fazer o que querem de seu desejo, independentes da Lei?
Nas sociedades antigas os rituais de passagem asseguravam a saída do estado infantil para o estado adulto através de provas iniciáticas de coragem física e espiritual. Através destes rituais, os homens eram introduzidos nos mistérios da vida e na vida espiritual. Hoje, os rituais de passagem não contam com a sabedoria dos guias da comunidade. O adolescente muitas vezes vive sua passagem sem muita orientação, entre seus pares, muitas vezes caindo numa situação de violência e desestruturação, como o caminho das drogas, dos rachas, das gangues, dos trotres assassinos.
Assim, parece se impor um retorno do pai. Sabemos que a função paterna é uma função estruturante do psiquismo, como nos mostra a Psicanálise e a Psicologia Analítica. Através desta função saímos do inconsciente, de uma relação paradisíaca, onde somos completos, onipotentes e narcísicos. Através do Pai saímos da fusão com o inconsciente e da natureza e entramos na possibilidade de nos vermos como sujeitos, participantes da cultura.
Jung, em seu artigo "Tentativa de uma interpretação psicológica do dogma da Trindade", nos diz que a trindade, como símbolo, significa tanto para o indivíduo, no espaço de uma vida, como para a cultura, no espaço de séculos, um processo que se desenvolve em três etapas de amadurecimento. A primeira etapa é a do Pai, estágio primitivo de consciência, em que se está submetido a uma forma de vida como a uma lei. É um estado de não-reflexão, onde não há um julgamento intelectual ou moral.
Na segunda etapa, a do Filho, ocorre um quase parricídio, uma identificação violenta com o Pai, juntamente com a sua eliminação. Este estágio é racional e consciente, mas em oposição ao pai, é um estágio de conflitos (que é justamente o que está ocorrendo agora, no indivíduo e na cultura). O parricídio foi necessário para a evolução do eu, individual e cultural, caso contrário ficaríamos presos ao pai. O filho de Deus, Cristo, é uma imagem ou um mito que espelha esta segunda fase e a cruz a sua metáfora, isto é, a crucificação e "a vida exemplar de Cristo constitui em si um transitus (uma transição, passagem) e por isso significa uma ponte e uma passagem para a terceira fase, na qual o estágio paterno é restaurado... (Jung, 1980, p. 182). Esta restauração, no entanto, este retorno, não é uma repetição do primeiro estágio, mas uma integração das polaridades através da função transcendente, que na trindade aparece na forma do Espírito Santo.
O Espírito Santo é compreendido simbólicamente como uma função que é compartilhada pelo pai e pelo filho, é Logos, mas também Eros (Amor), sendo muitas vezes interpretado como feminino.
Voltando ao nosso tema, a perda e o retorno do pai, podemos arriscar a interpretação, seguindo os passos de Jung, de que o símbolo do pai deve retornar ao mundo manifesto, mas de uma forma diferente. Qual o pai que se aproxima no futuro? Sabemos pela experiência recente da ditadura e do movimento que se opôs a ela, assim como pelas pequenas ditaduras que emergem nos relacionamentos, que o pai déspota está nos seus estertores e que a consciência coletiva começa a se colocar contra o arbítrio. Assim como não queremos o pai déspota, podemos querer um pai que espelhe a evolução apontada no símbolo da Trindade - um pai e um filho unidos pelo espírito e pelo amor.
Há todo um movimento já consciente de que os conflitos vividos na cultura não devem ser lidados ao nível da solução "vinda de cima". Na família fala-se em negociação entre jovens e pais. Experiências realizadas nos países desenvolvidos e aqui mesmo no Brasil (na Favela da Mangueira, no Rio; o projeto Axé, em Salvador) mostram que a violência diminui à medida em que os jovens têm uma participação mais efetiva nas escolas e na comunidade. Oficinas de arte, criatividade, movimentos de profissionalização, acesso a recursos como a informática, tiram o jovem da marginalidade, porque estes se sentem participantes e atuantes, sentem-se vistos e respeitados. Começam a descobrir um sentido para viver.
Pais, educadores e governantes se vêm, portanto, diante de uma tarefa de responsabilidade - resgatar o espírito do pai na sua polaridade construtiva, numa nova forma de consciência, em que a "autoridade" e não o autoritário, possa ver o filho, o aluno e a população como um outro, um parceiro, um filho-irmão.
Talvez todos esperemos que emerja em nós e na sociedade um pai que seja firme, mas também misericordioso, como na parábola do filho pródigo. Nesta parábola, um filho que saiu de casa e perambulou pelo mundo, dissipando sua herança com bebida e mulheres, é recebido pelo pai com misericórdia, apesar dos protestos de seu irmão que havia sido sempre decente aos olhos do pai. E o pai disse ao filho obediente: "Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois este teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado" (Lc 15, 11-32).
Teria sido este pai pulsilânime ao receber o filho com afeto? Não teria sido mais corretiva a dura aplicação da lei? Aqui arriscamos a dizer não. Não é verdade que este pai não soubesse da exata aplicação da lei ou fosse inconsciente de uma consciência patriarcal. Acredito que aqui ele percebeu o sincero arrependimento do filho e lhe deu uma nova chance, isto é, ele soube integrar à sua paternidade o elemento amoroso, que fez dele uma personagem exemplar da emergência de um novo modo de ser pai.
Talvez todos nós, individual e coletivamente, sejamos também filhos pródigos que esperam, apesar do erro e da insensatez, um retorno ao abraço do Pai.
PARA MAIS TEXTOS http://www.pucsp.br/clinica/publicacoes/boletins
quarta-feira, dezembro 05, 2007
por que ler aquele conto?
terça-feira, dezembro 04, 2007
Michele II
O tráfego, uma guerra. Dos barulhos da cidade o que mais lhe agrada são os sons vindos de uma antiga escola. As janelas voltadas pra calçada, deixam escapar ecos de corredores e salas quase vazios, vozes estridentes de crianças que ainda não sairam de todo pra tarde sufocante, quente.
Acaba de ler um livro que fala sobre a amizade, distância e tempo, que unem e separam amigos. Tiraram as nuvens do cemitério e ninguém reclamou, nem os mortos.
Tira os óculos pra disfarçar uma lágrima, pensa intermitantemente na importância da arte. A cultura, a arte, dois aspectos de sua vida pueris e sem valor se não chegam aqueles que realmente sentem fome delas. Cogita sobre o fenômeno da criação artística ou concebe um poema bem sucedido. Passa a mão no cabelo pois sentiu uma folha em sua cabeça. Não acredita que a arte pode ser abarcada pela crítica, reduzida a teorias. Afinal havia na criação elementos e dimensões inimagináveis à razão e a inteligência.
O melhor que ela possuia era seu ódio. Sobretudo odiava qualquer tipo de religião, que tolice, mais um braço armado da dominação do homem sobre as mulheres. Tudo que a rodeava era a representação daquela sociedade patriarcal, repetição do estado das coisas, mais do mesmo. pensou sobre a história e o início dos tempos, o início e o princípio. Desde quando as pessoas santas eram representadas com a cabeça envolta em uma aura clara e luminosa? de onde veio o costume?
O cérebro ronca, tal qual sua barriga. Tinha de fugir mas não sabia pra onde. Buenos Aires, Rio, Lisboa? Fugir pra onde? A biblioteca mais próxima era a Mario de Andrade. Na cabeça tinha um homem duplicado e um jogo da amarelinha. Lembra-se de carregar o cartão de transporte, que pena o transpote público estar daquele jeito. Na próxima esquina um cachorro e um sujeito na calçada, dormiam, isso daria um conto? Pensou em Machado e Galeano. Olha de soslaio os pobres diabos na calçada, odeia ter pena de gente e de cachorro. Odeia as pessoas na rua que a olham como um pedaço de carne, tipo aqueles pendurados na banca de jornal. Definitivamente o ódio era o melhor sentimento que ela possuía.
Sabe? (Encantado por Safo)
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Abigail, Belle of Kilronan (Lyrics)
and do you understand
why I can't stay
Abigail an evil wind is blowing through the land
and they need every man
to drive it away
When I come home if I come home you'll be a grown woman
When I come home if I come home don't be alone, Abigail, belle of Kilronan
Abigail 's gonna be the beauty of County Galway
and she will live always in a world of love
Abigail I'm off to the war but you can be sure
I will know you're what I'm fighting for..."
Abigail
A segunda vez que viu Abigail estava na biblioteca. Ele disse que ela parecia atriz. Ela disse que era Bernarda Alba, sorriu e se apaixonou por ele. Eles se amam mas ainda não sabem disso.
Eles não usam black tie?
sexta-feira, novembro 30, 2007
Literature
ranged
In rambling talk with an image of air:
Vague memories, nothing but memories".
YEATS
quinta-feira, novembro 29, 2007
Na biblioteca à noite
quarta-feira, novembro 28, 2007
Pastiches literários
Gostava de ler na biblioteca. Silêncio, não havia ali, era frequentador raro. Era o burburinho que o fazia concentrar-se. As conversas mais absurdas eram travadas na biblioteca. Ele buscava respostas mas não conseguia sequer ler o texto - porque era dever e não prazer.
II
Se Jesus não fosse aquele pregado na cruz... Se fosse o arremessador de discos, David, ou o Pensador, todos sofreriam menos. Os negros menos. Os judeus menos. Os índios menos. E eu menos.
III
A poesia de um abraço, carinho que não corresponde à realidade. Como é bom te encontrar, difícil te esquecer. O meu maior medo é que você se esqueça de mim.
ouça também http://www.youtube.com/watch?v=PuIVOrE3F_U&feature=related
sábado, novembro 24, 2007
Na casa de Bete
Para perceber mais leia Laura
I
Sonhei com Michele esta noite. Carícias, olhares, beijos, afeto, diálogos. Me sentia mulher apaixonada, cheia de dúvidas e certezas. Ela se sentia leve. Me dizia que a beleza está em tudo aquilo que não vemos, naquilo que não se pode tocar. Tocou pra mim Sonho de Egberto Gismonte. Estávamos na casa de Bete. Quando ela saiu do piano, sentou-se no sofá ao meu lado. Estávamos bem confortáveis, talvez por causa do sofá, maravilhoso, um mar de almofadas e espuma. Bebíamos uma espécie de chá gelado. Assistíamos a um filme em preto e branco sobre uma corte japonesa. Me disse umas coisas que não pude entender. Me beijou, eu entendi.
Ela me pediu que a amasse. Eu disse que a amava desde sempre.
II
Ocupo-me com a chuva e as gotas que batem contra os postigos. Como terminar algo que nem ao certo começou. Uma ausência que me povoa, está no meu apartamento, nos móveis, nos objetos sobre os móveis. Abro a janela do dia cinza. Trovões, gotas, não sinto frio. Os carros passam, a chuva continua como a ausência de Michele. O barulho do pneu sobre o asfalto molhado não me deixa rememorar tudo o que deveria ter sido e que não foi. Michele me dá prazer sem saber. A chuva continua, juro que ouvi dizer que se tratava de algo passageiro. Ouvi dizer, também, que Michele seria passageira em minha vida. Odeio previsões. E a chuva nunca mais parou.
sábado, novembro 17, 2007
(Blue Line Swinger )Yo La Tengo
And I'm willing to hold your hand while you're lost,while you're so full of doubt
Walk for miles, on your own loose ends,
I'll find you thereI'll find you there
You, you walk up thin blue lines possible with reality
And I, I see through small red eyes,glowing still at your uncertainty
Out of darkness you will come around,
I know you willI know you will
And I'll find youAnd I'll find you there
terça-feira, novembro 13, 2007
A piece of Ginsberg (HOWL)
dragging themselves through the negro streets at dawn looking for an angry fix,
angelheaded hipsters burning for the ancient heavenly connection to the starry dynamo in the machinery of night,
who poverty and tatters and hollow-eyed and high sat up smoking in the supernatural darkness of cold-water flats 'doating across the tops of cities contemplating jazz,
...
...
who scribbled all night rocking and rolling over lofty incantations which in the yellow morning were stanzas of gibberish,
who cooked rotten animals lung heart feet tail borsht & tortillas dreaming of the pure vegetable kingdom,
who plunged themselves under meat trucks looking for an egg,
...
who threw their watches off the roof to cast their ballot for Eternity outside of Time, & alarm clocks fell on their heads every day for the next decade,
who cut their wrists three times successively unsuccessfully, gave up and were forced to open antique stores where they thought they were growing old and cried,
...
who drove crosscountry seventytwo hours to find out if I had a vision or you had a vision or he had a vision to find out Eternity.
...
who journeyed to Denver, who died in Denver, who came back to Denver & waited in vain, who watched over Denver & brooded & loned in Denver and finally went away to find out the Time, & now Denver is lonesome for her heroes,
...
Desafio
segunda-feira, novembro 12, 2007
"I'm sinking in the quicksand of my thought"
Quando não se tem nada a fazer, a gente faz filosofia. Ou pensa que faz. Quanto ao tempo, estamos sempre a tentar enganá-lo. Mas o ponto crucial é sempre o mesmo: aparência ou essência, como diz Platão. Assim na mesa de um bar, num banco de praça, na fila do cinema, no ônibus lotado, você pensa: será que enxergamos a essência ou tudo é aparência?
Perceber a realidade é fundamental. Agora o problema complica se a realidade é do tamanho do nosso intelecto (vai ter muito mais gente no mundo da lua). Talvez ela não exista em essência, talvez, seja algo inventado por nossas idéias, apenas uma captação, um recorte do todo e nada mais. Como uma foto que se tira de uma menina que passa correndo. Será que ela vai à padaria buscar pão ou vai ao encontro do amante? Ninguém sabe, pouco importa, mas é a foto que fica. O resto passa.
("it was nice to see you again and say your name to you" a mother says to her son, which she hasn't seen him for quite a long time)
sexta-feira, novembro 09, 2007
Belo Belo (II)
"Belo belo minha bela
quinta-feira, novembro 08, 2007
para quem lê nota de rodapé
pessoas, livros, idéias e etc e tal
http://eraodito.blogspot.com/
http://doidivana.wordpress.com/
Aquário (microconto)
segunda-feira, novembro 05, 2007
Secos & molhados (Aventurar)
Traduzir o fugir em prazer
Escapar sem lugar pra pousar
Nesta ilha
Iluminar
Traduzir o impossível em luz
Na clareza serena e bonita
Dos artistas do tempo
Felicitar
Traduzir na emoção
Motivar
Começar a viver e beber como antigas crianças
Alvorecer
Como um raio de sol sobre o céu
Traduzir a vontade e querer
Tudo como antes
Reinventar
Traduzir o fazer em prazer
Tudo ouvir, tudo ver e falar
Olhos novos no ar."
domingo, outubro 28, 2007
Canções de amor
Fui assistir, com Eleonora, e me fez lembrar Beauvoir e Proust ao mesmo tempo ( Quando o Espiritual Domina e Em Busca do Tempo Perdido). Na primera parte do filme talvez haja duas forças, ou dois movimentos, de repulsa e atração que o tornam muito dramático. No entanto, as adoráveis canções transformam uma dessas forças ( repulsa) em algo palátavel (num bom sentido). Depois do grande ápice da primera parte, vem melancolia e... e as duas forças pungentes são transformadas em puro lirismo ( de novo por causa das canções que mudam de tom)
Bom, o lance é o seguinte, não dá pra contar nada se não estraga, o filme é encantador (enchanting).
Os atores são lindos ( o protagonista é tão lindo que parece uma mulher, a amante parece um anjo, a "ponte" entre os dois é trés belle, Mastroiane é muito bonita e canta muito bem, a menina que mais lê, um encanto, e o menino (stalker) um charme)
Também me fez lembrar, no começo, por causa de umas cenas, a opulência dos países do norte versus os problemas e mazelas dos "países em desenvolvimento", mas abstraí, e o filme ou as cenas não voltam a tocar no problema.
De uma maneira geral, a fotografia do filme é maravilhosa e os closes nas placas e letreiros não são de graça. Paris é uma Paris mais intimista, sem panorâmicas aéreas, as tomadas dos monumentos, feitas de baixo pra cima, num movimento veloz como um automóvel, são curtas e quase impressionistas.
Um adorável filme pra ver com alguém de quem se gosta.
O mundo não se acabou
Por causa disso, minha gente lá de casa, começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite. lá no morro, não se fez batucada
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei a boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiout
E o tal do mundo não se acabou
Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso, minha gente lá de casa, começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite. lá no morro, não se fez batucada
Chamei um gajo com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele mais de um quinhentão
Agora eu soube, que o gajo anda
Dizendo coisa que não se passou
E, vai ter barulho, e vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou"
sábado, outubro 27, 2007
night out (night in)
sexta-feira, outubro 26, 2007
Life is tricky
quinta-feira, outubro 25, 2007
quarta-feira, outubro 24, 2007
Rainy Days (lost in translation)
If there was that much of rain in Ceará I would move there...
Passagens e sonhos
Ela não era a mesma. Ele sabia disso e lhe havia dito antes de tudo começar. Tecnicamente, não haviam brigado, pensava Severo. Michele não era ela mesma, então aquilo não contava nem como acidente entre os dois, porra.
Haviam se conhecido há bem pouco tempo, quando ele procurava o amor de sua vida. O jogo era simples, pedia para amizades recentes ( se é que isso existe) que lessem em voz alta Las ruinas circulares, isso o excitava em todos os aspectos, reparava na boca de suas amigas, na entonação, na pronúncia, o Espanhol, para Severo, era a língua mais lasciva do mundo. Quando esbarrou em Michele, sentiu uma coisa estranha, como se a conhecesse de outros carnavais (não que ele gostasse ou fosse a esse tipo de festa). Perguntou-lhe se falava Espanhol, imediatamente Michele começou a falar e disse, em espanhol, que era fluente em Quechúa. Severo sacou do bolso um exemplar de Narraciones, botou nas mãos de Michele, que abriu acidentalmente nas Ruinas. Foi amor ao acaso (ou a primeira vista). Imediatamente, Michele começou a ler. Nadie lo vio desembarcar em la unánime noche, nadie vio la canoa de bambú sumiendose an el fango sagrado...
Olhava as mãos cheia de sangue, tentava recompor toda história. Pequenas discórdias e aborrecimentos menores, tudo o que conseguia lembrar. Costumava ler seu signo no jornal, lembrou-se de que naquele dia lera: brigas sem causa ou razão. Lembrou-se também de ter discutido algo sobre dinheiro que deviam pra ela. O sangue secava em suas mãos, enrigecia a pele, tinha um cheiro repugnante.
Foi ao banheiro para lavar as mãos. Enquanto as enxugava, reparou no espelho que estava mais bonito. Sorriu. Voltou para o quarto. Agarrou o corpo de Michele e o colocou na cama. Ele disse que não confiava mais nela. Ela disse que estava tudo acabado. Era culpa dela. Ela se denfendeu dizendo que era fantasia.
No ônibus Michele lia o jornal. Naquele dia um rapaz, com cara de universitário sentara ao seu lado, lia Borges. Ela puxou papo, comentou a violência em São Paulo. Um dos cadernos do jornal escorregou de seu colo, o estudante o recupeoru antes de tocar no chão e tocou em uma de suas pernas, no processo de salvamento. Daí a imaginação de Michele viajou (para a proposta indecente e a questão do dinheiro foi um pulinho).
Quando os policiais chegaram por causa dos vizinhos (é sempre bom ter vizinhos nessas horas) a única coisa que eles entenderam foi o penúltimo parágrafo. Estavam todos otimistas porque tinham certeza que Severo era o assassino. A única dúvida era de Severo que não sabia como tudo começou, mas sabia que um dia tudo acaba.
(Marina o otimismo está na última linha)
domingo, outubro 21, 2007
Passagens
sábado, outubro 20, 2007
Passagens e sonhos
Ela não era a mesma. Ele sabia disso e lhe havia dito antes de tudo começar. Tecnicamente, não haviam brigado, pensava Severo. Michele não era ela mesma, então aquilo não contava nem como acidente entre os dois, porra.
Haviam se conhecido há bem pouco tempo, quando ele procurava o amor de sua vida. O jogo era simples, pedia para amizades recentes ( se é que isso existe) que lessem em voz alta Las ruinas circulares, isso o excitava em todos os aspectos, reparava na boca de suas amigas, na entonação, na pronúncia, o Espanhol, para Severo, era a língua mais lasciva do mundo. Quando esbarrou em Michele, sentiu uma coisa estranha, como se a conhecesse de outros carnavais (não que ele gostasse ou fosse a esse tipo de festa). Perguntou-lhe se falava Espanhol, imediatamente Michele começou a falar e disse, em espanhol, que era fluente em Quechúa.
Severo sacou do bolso um exemplar de Narraciones, botou nas mãos de Michele, que abriu acidentalmente nas Ruinas. Foi amor ao acaso (ou a primeira vista). Imediatamente, Michele começou a ler. Nadie lo vio desembarcar em la unánime noche, nadie vio la canoa de bambú sumiendose an el fango sagrado...
Olhava as mãos cheia de sangue, tentava recompor toda história. Pequenas discórdias e aborrecimentos menores, tudo o que conseguia lembrar. Costumava ler seu signo no jornal, lembrou-se de que naquele dia lera: brigas sem causa ou razão. Lembrou-se também de ter discutido algo sobre dinheiro que deveriam pra ela. O sangue secava em suas mãos, enrigecia a pele, tinha um cheiro repugnanate.
Foi ao banheiro para lavar as mãos. Enquanto as enxugava, reparou no espelho que estava mais bonito. Sorriu. Voltou para o quarto. Agarrou o corpo de Michele e o colocou na cama. Ele disse que não confiava mais nela. Ela disse que estava tudo acabado. Era culpa dela. Ela se denfendeu dizendo que era fantasia.
No ônibus Michele lia o jornal. Naquele dia um rapaz, com cara de universitário sentara ao seu lado, lia Borges. Ela puxou papo, comentou a violência em São Paulo. Um dos cadernos do jornal escorregou de seu colo, o estudante o recupeoru antes de tocar no chão e tocou em uma de suas pernas, no processo de salvamento. Daí a imaginação de Michele viajou (para a proposta indecente e a questão do dinheiro foi um pulinho).
Quando os policiais chegaram por causa dos vizinhos (é sempre bom ter vizinhos nessas horas) a única coisa que eles entenderam foi o penúltimo parágrafo. Estavam todos otimistas porque tinham certeza que Severo era o assassino. A única dúvida era de Severo que não sabia como tudo começou, mas sabia que um dia tudo acaba.
(Marina o otimismo está na última linha)
sexta-feira, outubro 19, 2007
Substitute
You think we look pretty good together
You think my shoes are made of leather
But I'm a substitute for another guy
I look pretty tall but my heels are high
The simple things you see are all complicated
I look pretty young, but I'm just back-dated, yeah
Substitute your lies for fact
I can see right through your plastic mac
I look all white, but my dad was black
My fine looking suit is really made out of sack
I was born with a plastic spoon in my mouth
The north side of my town faced east, and the east was facing south
And now you dare to look me in the eye
Those crocodile tears are what you cry
It's a genuine problem, you won't try
To work it out at all you just pass it by, pass it by
Substitute me for him
Substitute my coke for gin
Substitute you for my mum
At least I'll get my washing done
WHO
quinta-feira, outubro 18, 2007
Se eu morresse amanhã
"Sabía que su inmediata obligación era el sueño..." BORGES
(para o pai da Capuchinho, para Paulo Autran (um ator que nunca admirei mas...)
(thank you for the ride, MARINA)
quarta-feira, outubro 17, 2007
Food for thought
MARGUERITE YOURCENAR
terça-feira, outubro 16, 2007
Se eu fosse um peixinho
quinta-feira, outubro 11, 2007
Galinha enfurecida
quarta-feira, outubro 10, 2007
Meu livro dos abraços
terça-feira, outubro 09, 2007
Mais simples
'cê sabe muito bem
É sobre-humano amar sentir doer
Gozar
Ser feliz
Vê que sou eu quem te diz
Não fique triste assim
É soberano e está em ti querer até
Muito mais
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simples
Mas deixa tudo e me chama
Eu gosto de te ter
Como se já não fosse a coisa mais
Humana
Esquecer
É sobre-humano viver
E como não seria?
Sinto que fiz esta canção em parceria
Com você
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simplesÉ sobre-humano amar
'cê sabe muito bem
É sobre-humano amar sentir doer
Gozar
Ser feliz
Vê que sou eu quem te diz
Não fique triste assim
É soberano e está em ti querer até
Muito mais
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simples
Mas deixa tudo e me chama
Eu gosto de te ter
Como se já não fosse a coisa mais
Humana
Esquecer
É sobre-humano viver
E como não seria?
Sinto que fiz esta canção em parceria
Com você
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simples"
segunda-feira, outubro 08, 2007
I'm sorry that I love you
domingo, outubro 07, 2007
Sobre tésseras, deus e crianças
O acaso e os pernilongos me fazem levantar. No meio da noite às vezes um barulho interrompe a ditadura do acaso ou dos pernilongos. Claro que alguém vai dizer que a nescessidade de ir ao banheiro também nos faz levantar do sono. O fato é que muitas vezes meus sonhos são interrompidos. Até mesmo a sede nos levanta, não é? Sonho com uma infinidade de tésseras, numa insondável possibilidade de cores que me perturbam. Terríveis cores, desconcertantes, mas ao mesmo tempo me dão prazer em percebê-las. Cor de terra, azul marinho, verde muito verde, laranja, azul anil, verde claro, vermelho primavera. E tantas outras que não saberia como definí-las: violeta malva, amêndoa, marfim , enfim, inúmeras outras.
Como tornou-se natural volto a mentir. Porque contar tanto pode ser aumentar quanto inventar, em outras palavras pode-se usar um conto de maneira licita ou ilicita. Uma história pode ser também criar algo novo. Será? Tudo não pode passar de diferentes versões de uma só história que teria sido contada no pricípio. E no princípio era o verbo, talvez a maior mentira contada no Ocidente. Haveria um princípio, um único princípio ou incontáveis inícios? Por que ensinar deus, don't patronize children.
sábado, outubro 06, 2007
Biathan
genial mamute seu papel é nos ensinar a enxergar as coisas que sabemos mas não sabemmos que sabemos ela já deu 30 voltas em torno do sol nunca mais se sentiu sozinha porcausa do bebê mamute mas tem suas angústias ela quis estudar psicologia mas acabou na lingüística ela é rica e livre porque faz xixi quando quer come quando tem fome e dorme quando o mamutinho deixa
(Dino muito grato)
sexta-feira, outubro 05, 2007
(Carta para Ms. Daisy)
quinta-feira, outubro 04, 2007
Sappy Sucker (ladrão de palavras)
Os bosques já estão sombrios, o céu ainda é azul...
Olha para o lado do céu. Estou no bosque e olho para meus pés, enxergo onde piso, terra preta, folhas e pequenos galhos. Não me apavoro, talvez reste ainda algum azul entre as copas das árvores.
(para uma bebê que nasceu morta chamada Michelle)
quarta-feira, outubro 03, 2007
Laura
Anda a ler poesias pela calçada
Lê livro que esquenta o pé
Escreve
Escreve e canta
E um dia desses vai criar raiz
Tenta imaginar os motivos da melancolia de Dr. Gachet. Que força extraordinária... perversa deixou seus cotovelos rotos? Será que foi o sorriso de uma transeunte? Um desejo frustrado? Há beleza no seu olhar profundamente desanimado e penoso. Lembranças, luto, melancolia, talvez o próprio sentido do quadro, se há, seja recordar. Pelo sebos da cidade procura dicionários.
Versifica na poluição
Sente o frio da calçada
Rimbaud oblíquo e iluminado
Cobertor cigarro e cachimbo
Craque da metrópole
Uma vaga lembrança
Tudo se desfaz no ar
Mas o cotidiano é de pedra
Fumegante caos
não sei se pra sorte ou por maldade,
um anjo torto me disse:
Tu farás muitas coisas,
dentre elas cultuar belas moças.
Ouvi miúda, não sã do que se dera,
sem tino das ranhuras de meu penar.
Hoje, sou eu como as saúvas
arrebatada pelas quimeras das iças.
Se me quisesse
seria assim: TIM!
Garfo a bater no prato.
Mas, como
nem toda fome é ato,
não se come
o desejo de fato.
Todas são minhas. À tarde ou de manhã,
Num ponto de ônibus ou no cinema
Estão vivas a gargalhar
Dizem oi, mas muito mais tchau
Bela, belas ao acaso
Paixão eterna e fugaz
terça-feira, outubro 02, 2007
Virginia (sobre o determinismo crítico Fabi)
Sobre cigarros, desejos e polvilho
Ele também queria ter fôlego literário para precisar como são bonitos e assustadores os olhos de Maga. Na verdade no primeiro dia que ele travara conhecimento com ela no metrô pensava na possibilidade de passarem horas num vagão discutindo literatura e culinária. Queria lhe ouvir falar sobre luto e melancolia, fósseis mágicos, totens e tabus, matemática e biscoitos de polvilho.
Agora que chegou em casa tentava desenhar Maga numa folha de papel. No rádio o colapso da China. No desenho existiam olhos incríveis e uma boca que sorria.
Ele queria contar todos seus segredos e fazer o rosto dela corar de rir. Ouvir as histórias dela, como uma pessoa que deixa outra entrar em seu quarto e observar a desorganização natural do cotidiano sem enfeites ou retoques. Assim quando ela se cansasse, encostaria a cabeça no colo dele e sentiria suas mãos indecisas acariciando aquele rosto quente e pálido. No fim de um dia inteiro de histórias ele veria Maga dormir com a boca aberta soprar um sonho em seu ouvido.
Murmúrios, o outono chega Maga. O céu azul sopra uma corrente fria que talvez venha da Argentina. Ela disse que não tinha ilusões com relação ao amor e que a moral e a ética serviam pra libertar. As folhas de seu vestido capturavam o olhar dele. Nos olhos tanta poesia como em seus gestos, mas para um autor tão prosaico.
Na primavera, na tevê explicavam que o colapso era por causa dos cigarros. O império havia ruído por não dar atenção devida aos seus fumantes. No dia 8 de outubro a China virou uma complexidade fragmentada como a intimidade entre ele e Maga que fez 48 anos naquele mesmo dia. Hoje ele a viu no ônibus. Ele esboça um sorriso que é cortado por ela como se atravessa uma sombra.
(para a Rose que perdeu a mamãe e em homenagem a Cortázar um autor de espírito encantador)
segunda-feira, outubro 01, 2007
Gaia (a terra)
sábado, setembro 29, 2007
Comment dit-on?
J' adore le corosal
J'aime le blanc et noir
J' aime la mer et ma mère
La vie est belle
sexta-feira, setembro 28, 2007
Is it wicked not to care
It's too heavy it'll always show
Jaques felt himself growing gloomy again.
He was well aware that to live on earth a man must follow its fashions, and hearts were no longer worn".
Jean Cocteau
http://br.youtube.com/watch?v=MGtJs3PngtI
quinta-feira, setembro 27, 2007
Gabi (você venceu)
Tenho de parar por aqui...
quarta-feira, setembro 26, 2007
Uma verdade fragmentada
terça-feira, setembro 25, 2007
A periferia toma o centro
sábado, setembro 22, 2007
sexta-feira, setembro 21, 2007
Belle
I know the truth awaits me But still I hesitate because of fear
Skipping tickets making rhymes