domingo, outubro 07, 2007

Sobre tésseras, deus e crianças


O acaso e os pernilongos me fazem levantar. No meio da noite às vezes um barulho interrompe a ditadura do acaso ou dos pernilongos. Claro que alguém vai dizer que a nescessidade de ir ao banheiro também nos faz levantar do sono. O fato é que muitas vezes meus sonhos são interrompidos. Até mesmo a sede nos levanta, não é? Sonho com uma infinidade de tésseras, numa insondável possibilidade de cores que me perturbam. Terríveis cores, desconcertantes, mas ao mesmo tempo me dão prazer em percebê-las. Cor de terra, azul marinho, verde muito verde, laranja, azul anil, verde claro, vermelho primavera. E tantas outras que não saberia como definí-las: violeta malva, amêndoa, marfim , enfim, inúmeras outras.
Como tornou-se natural volto a mentir. Porque contar tanto pode ser aumentar quanto inventar, em outras palavras pode-se usar um conto de maneira licita ou ilicita. Uma história pode ser também criar algo novo. Será? Tudo não pode passar de diferentes versões de uma só história que teria sido contada no pricípio. E no princípio era o verbo, talvez a maior mentira contada no Ocidente. Haveria um princípio, um único princípio ou incontáveis inícios? Por que ensinar deus, don't patronize children.

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