A complexidade da poesia está nela mesma, não no autor, nem muitas vezes na sociedade onde ela se insere e sobre qual ela pode falar, denunciar ou refletir. Ontem no Roda-Viva, Mano Brown falou sobre sua arte, suas experiências, camaradagem e sobre assuntos muito mais complexos. O interessante é que poucos realmente o ouviram. A banca entrevistadora estava mais preocupada em julgar e entender melhor conceitos pré-estabelecidos e esteriótipos do quê dar ouvidos a uma voz da periferia que tinha muito a dizer. O rapaz colocou em xeque conceitos como honestidade e sabe observar problemas sobre diversos ângulos, o que deixa algumas pessoas de mente cartesiana muito irrritadas. Ao confrontar um desses pontos de vista disse: "O quê existe são situações, um dia você pode tá lá no beco dos tristes, você não pode dizer que o sujeito não presta (...) é viciado (...) a gente escuta esses caras, todos tem um saber (...) "
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