sábado, abril 29, 2017

O real perturbado e contaminado pela ficção

"Nem tudo é ficção mas tudo pode ser lido como ficção. Ser borgeano é ter a capacidade de ler tudo como ficção e de acreditar no poder da  ficção. A ficção como uma teoria da leitura." (Piglia)

quinta-feira, abril 27, 2017

Baderna

Amanhã vai ter baderna? Diz um coração sem muita informação, sem esperança e colonizado. Um coração que mistura assuntos mas não bate mais, não se move e tampouco sente que faz parte dá massa.

segunda-feira, abril 24, 2017

Abandono e desmemoria




Nas florestas ou nas cidades onde Dallana e curimins morrem de espanto e gripe; Onde Mercedes e muitas outras mulheres resistem, sofrem e morrem... e seguem contando suas histórias e resitem e morrem...
Cuales son los límites de lo literario que articulan lo político y las narrativas que no siguen lo de la ilusión y el fetichismo del progreso. 
Cómo enlazar el poético, el estético y lo político?

sexta-feira, abril 21, 2017

Shuar

Nankints es un un mundo muy lejos en la Amazonia Andina

Tierra de vallentes mujeres y hombres que resistieron a los incas

Donde hoy se muere de espanto y gripe

segunda-feira, abril 17, 2017

Alegria, tempo e memória




(Foto: Anka Zhuravleva)

Seu Paulo, em seu universo racionalista, me diz que a vida é uma ilusão e que o mundo todo está encantado. Concordo em partes, talvez o mundo esteja coberto por mercadorias e fetiches, talvez a vida seja uma ilusão ou várias ilusões, ficções, narrativas que inventamos pra poder dar sentido a um mundo sem sentido. Embora acredite que seu Paulo tenha razão, em um ponto sou inflexível: o mundo, a natureza e seus sujeitos, ou seja, nós mesmos estamos desencantados. Há muito tempo não há magia tampouco deuses existem mais. Justamente por confiarmos tanto na razão e nos seus próceres, cientistas, filósofos e idólatras. Talvez a razão e o discurso hegemônico estejam ganhando corações e mentes há pelo menos uns 200 anos.

Me faço estas perguntas lendo uma filósofa que me tira da zona de conforto, que me faz pensar e me angustia e paro em frases como estas:
(...)
“A história do Ocidente é a da dominação violenta da natureza e de nossa natureza, é obscurecimento das feridas que lhe infligimos e dos sofrimentos a que nos submetemos”

(...)

“A natureza é sujeito e o sujeito uma outra natureza”

(...)

“Pela imaginação torna-se possível obter a harmonia, a reconciliação do desejo e da realidade, da felicidade e da razão de Eros e Logos”

(...)

Frases de Olgária Matos refletindo sobre políticas do desejo e refletindo sobre: “A preguiça como paixão política: luxo, calma e volúpia”

Portanto, se podemos preencher de subjetividade a vida de nossos gatos e cachorros, por exemplo, por que não preencher de subjetividade a vida de outros seres, outros animais, da fauna em geral e da flora? Por que não preencher de subjetividade a vida e o tempo das rochas, pedras, abismos e montanhas, rios e mares? Por que não colocar uma pitada de subjetividade na vida, fluxos e contrafluxos das cidades vivas e selvagens? Há muitos dias no dia disse o poeta que também escreveu que há muitas noites na noite. Por que não resistir a um discurso hegemônico do fetiche e das mercadorias e da reificação de nós mesmos?

(Se eu tiver muitas certezas ou não tiver várias perguntas isso é sinal de que eu não estou entendendo nada?)



@leiamulheres

sábado, abril 15, 2017

Yuyos ruines:


(Henri Carter's Photo)

O narrador propõe outros tipos de relações entre o eu e o outro nas quais​ a linguagem e o espaço tecem tramas inimagináveis, e onde quase tudo está conectado embora as conexões seguem muito além da razão e lógicas clássicas, isto é, greco-romanas ou judaica-cristãs.