O dia amanheceu lindo e ensolarado numa das maiores cidades em algum lugar do hemisfério sul cujo nome não me lembro. Num domingo qualquer no qual os deputados de uma república sul americana, creio, resolveram votar o impeachment ou não de uma presidenta sul americana. Os nobres e excelentíssimos senhores e senhoras do congresso desse país resolveram filantrópicamente passar um fim de semana na capital desse país para resolver problemas mais urgentes dessa nação. Tudo será transmitido pela Tv mais assistida do país onde poucos cultivam o hábito de ler. Ou quando leem também não gostam de buscar alternativas e basicamente leem três ou quatro diferentes fontes de informação que não parecem ser tão distintas entre si no fim das contas.
Moradores
e telespectadores nessa cidade que costumam amanhecer assistindo esportes e
música nessa popular rede de Tv iniciaram seu dia assistindo o canal
alternativo e a cabo da mesma emissora. Indagados sobre a mudança de hábito
eles dizem que o assunto e a comoção é de final de copa do mundo. Será? Talvez.
Pra muita gente só há duas possibilidades em jogo. Embora creio que para um
grande número de cidadãos que está confuso com a dita polarização do país essa
comoção não seja tão contagiante assim. Estes sujeitos que não se deixam
envolver pelos dois coros quase hegemônicos, se é que se possa dizer isso,
insistem em ter dúvidas. Claro que os mesmo sujeitos cheio de dúvidas gozam de
privilégios nessa mesma sociedade, ainda que poucos, privilégios que em algum
país do hemisfério norte passaria como direitos inclusive. Ou seja, os
desconfiados gozam numa zona de conforto que talvez não seja alterada a curto
prazo. Por isso eles têm tempo pra pensar e duvidar da comoção geral e
contagiosa.
De
certa maneira no meio dessa polarização os desconfiados em questão afinam o
coro dos descontentes. Será que eles são
os únicos otimistas? Ou os mais pessimistas? Talvez os mais realistas?
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