quarta-feira, setembro 10, 2008
Um romance que começa
Merina começou a ler aquela história num blog de um de seus conhecidos. A princípio o tal do Romance era curioso, depois, bacana, e ao mesmo tempo estranho, preocupante. Pensou em entregar o narrador e Ullysses às autoridades. Achou que seria melhor falar com o seu psicanilista primeiro, às vezes ela confiava em especialistas, era uma personagem complexa, digna de ficção, não era plana (cf. Candido, "A personagem de ficção"). Depois, resolveu ler o Romance de novo e achou o máximo. Tinha um narrador que a admirava e uma personagem que estava deslumbrada ou em completo estado de alumbramento por ela.
Nossa que coisa horrível vou começar de novo.
Tinha um narrador e uma personagem que a admiravam. Parecia um gostar sincero, autêntico, não podia ser literatura. Era uma declaração de amor, de carinho, pós moderna? Era apenas um pastiche literário, seria um fetiche também literário ou o narrador havia realmente fracassado?
Merina pensou em ligar pro fulano que ela acreditava ter escrito aquele relato e passar tudo a limpo. Foi então que ela mudou de idéia e resloveu convidá-lo junto com seus amigos pra ir à Liberdade, tomar um udon. Começava a fazer frio em São Paulo e Merina ao contrário de Ullysses adorava São Paulo.
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3 comentários:
primeira impressão, tem uma questão sobre a literariedade, que na medida que perde força no "romance" ganha força qto questionamentom e tem tbm a questão do "começo" que é sempre o "fim". Para se pensar mais.......um bjim, Fabi.Biathan.Emithan..
ps. estou dodói o q pode ter influenciado minhas impressões.
Gostei mais de escrever a outra parte, quando escrevi essa resolvi terminar com final feliz para efeito de concessão mas adorei terminar romance no ponto final, um de meus leitores ficou meio chateado com um romance que começa, pois eu estava lendo um ensaio do Piglia sobre um livro com esse título e pintou a idéia então escrevi essa parte e achei muito ruim, quero saber como ficaria seus comentários se a história fosse até o ponto final.
Resumindo, se tivesse que publicá-lo iria até o ponto final.
bjs Bia love ya
Eu acho que se vc fosse publicá-lo, ainda dá tempo de mudar umas coisas. Há uma perda de intensidade no final concedido, intensidade quanto estilo literário, como modo de escrever. O encademento das frases, sei lá , tem alguma coisa que ficou mais "morna", mas formalmente falando.
Dito isso, eu acho que o final feliz concedido é uma grande sacada. É uma crítica, e isso é legal. Talvez vc possa condensá-lo para ficar no mesmo nível das duas primeiras partes, ou talves vc devesse condensar as duas penúltimas partes ao mesmo nível das duas primeiras e daí escrachadamente distanciar estilisticamente a última parte, talvez, TALVEZ, isso dê um resultado de "fake", que possa ser lido como uma c´ritica à concessão.
bjims
Biathan
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