quarta-feira, setembro 10, 2008
Roance? V
Merina e Ullysses também queriam resistir, existir, prosseguir.
E entre um sarau, um metrô, um cinema, a amizade crescia. Ulysses começou a escrever poemas e até musicou um com ajuda de Davi.
Ullysses achava que o problema estava na Universidae. Era a universidade que dosmeticava a literatura. A faculdade de Letras, matadouro da literatura, desde muito tempo. A universidade traduzia, diluia, traía e mitigava paulatinamente até sua morte, qualquer literatura. Lá fora, ela vivia.
Ullysses tinha medo de Merina entrasse na faculdade e se desencantasse com a literatura. Acho que ele queria que ela desistisse (ou pensasse melhor) e fosse estudar antropologia, arquitetura, artes cênicas, sei lá. Gostava da idéia dos dois em campos diferentes do conhecimento, ou no mínimo, praticando diferentes formulações discursivas. Ele acreditava que por ela ser mais inteligente que ele não devia desperdiçar seu tempo matando a literatura, matando a poesia.
(Depois, Ullysses achou que daquela forma parecia uma espécie de pai autoritário para Merina - espelhava seus desejos nela? Pensou que seu pai era bom e decidiu que o melhor era ser sua mãe e respeitar sua escolha.)
Depois o narrador decidiu que o parágrafo acima era muito ruim, não era literatura mas era sincero, então resolveu deixar ele todo entre parênteses ecolocar um ponto final naquela história.
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