segunda-feira, setembro 01, 2008

Romance?


Fracasso ou fetiche, estava entre estas duas palavras quando comecei o texto que deveria se chamar obssessão, mas aí iria parecer livro espírita, além de não ter nada a ver com o sentimento da personagem. Aliás por falar nela, as personagens na minha cabeça eram: Merina e Ullysses o par romântico (se é que possam ser considerados como par), Margarida e Margarete, e locais, a saber, cinema, sarau na casa de Babi e metrô.
A história era muito simples, mais um romance, duas pessoas se encontram e se gostam? (talvez o problema era que nenhuma delas sabia que se gostavam- aí estava a história secreta). Nesta história poderia me confessar de vez para ela (de maneira oblíqua é claro)
Fracasso ou fetiche, pensava entre essas duas palavras. Se escrevesse sobre uma experiência e fizesse sentido, faria dinheiro com isso, iria ter tempo pra pensar mais e escrever mais e assim por diante.. Pensei em Merina e Ulysses, mas o problema de começar a história, trocar os nomes dos protagonistas e inventar situações daria muito trabalho. Joguei o projeto fora (se é que se pode chamar todo aquele torvelhinho de idéias de projeto), joguei por realmente não gos tar de trabalho.
No entanto, se eu tivesse tempo a coisa sairia assim, um dia à noite, numa sessão de cinema bem bacana esse dois fulanos se encontraram. A garota se chamava Merina e o cara Ulysses. Desde então, Ulysses sentiu vontade de escrever, talvez queria impressioná-la. Aliás quase tudo que ele fazia a partir daquele dia tinha de uma forma ou de outra que ver com ela, desde então, digo, desde o dia que eles se conheceram. Mas acho que as pessoas já ouviram algo parecido com isso antes, então pra que continuar? Talvez Ullysses devesse procurar uma ajuda priofissional, talvez devesse escrever para se curar, uma espécie de terapia. Bom, acho que Ullysses sabia que essas coisas não funcionavam e se lembrava de Arguedas.
Pior que as dificuldades do protagonista só mesmo as do narrador, a saber (adoro essa frase),baixo estima em alta e baixo estima em relação minha maneira de se comunicar, não tinha geito, ou não levava jeito e meu português também sofria de baixo estima (sempre alta). Mas e se Merina gostasse de sinceridade? Bom só sei que na literatura, segundo meus professores, não havia sinceridade, ou pelo menos isso não era pressuposto.

Nenhum comentário: