quinta-feira, janeiro 22, 2009

History?



VI

To articulate what is past does not mean to recognize “how it really was.” It means to take control of a memory, as it flashes in a moment of danger. For historical materialism it is a question of holding fast to a picture of the past, just as if it had unexpectedly thrust itself, in a moment of danger, on the historical subject. The danger threatens the stock of tradition as much as its recipients. For both it is one and the same: handing itself over as the tool of the ruling classes. In every epoch, the attempt must be made to deliver tradition anew from the conformism which is on the point of overwhelming it. For the Messiah arrives not merely as the Redeemer; he also arrives as the vanquisher of the Anti-Christ. The only writer of history with the gift of setting alight the sparks of hope in the past, is the one who is convinced of this: that not even the dead will be safe from the enemy, if he is victorious. And this enemy has not ceased to be victorious.

WALTER BENJAMIN

Cool kids II



The ocean breathes salty, won't you carry it in?
In your head, in your mouth, in your soul.
And maybe we'll get lucky and we'll both grow old.
Well I don't know. I don't know. I don't know. I hope so.

Well that is that and this is this.
You tell me what you want and I'll tell you what you get.
You get away from me. (You get away from me) You get away from me.
Collected my belongings and I left the jail.
Well thanks for the time, I needed to think a spell.
I had to think awhile. (I had to think awhile) I had to think awhile.

Well that is that and this is this.
Will you tell me what you saw and I'll tell you what you missed,
when the ocean met the sky. (You missed, you missed)
You missed when time and life shook hands and said goodbye. (You missed)
When the earth folded in on itself. (You missed)
And said "Good luck, for your sake I hope heaven and hell (You missed, you missed)
are really there, but I wouldn't hold my breath." (You missed, you missed)
You wasted life, why wouldn't you waste death? (You missed, you missed)
You wasted life, why wouldn't you waste death?

Cool kids doing pretty things (they ain't no suburban kids with biblical names)

for those who wanna play for sad sappy suckers

for those who wanna play for sad sappy suckers

http://br.youtube.com/watch?v=sajGMpouyik

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Surplus

I've watched this movie a couple of times (literally), first, it seems that it is in favor of some politics that people still think is a legitimate left (specially in Latin America, of couse due to historical reasons), but I was mislead like there has been some misunderstandings on this movie, in fact tons of it. To begin with, is not a documentary but a sort of pseudo-docunentary, if you will, a movie-thesis (my favorite type of documetary, where/when the author doesn't pretend to be neutral, such as, Societé d'espetacle or Nós que aqui estamos por vós esperamos or Columbine), (un)fortunately, this very one, Surplus is even better because the author show his point of view, which is none of the characters of the so call left, have a solution because they're ahistorical, Fidel is shown, as well as, the CEO of microsoft, as dictator and the American Anarchist (blame for the events in Seattle) just wants what Rosseau, Proudohn and all the idealists wanted, or if you wiil , wants. The beauty of it isthat only one aspect of this struggle is undebatable, that is the crelty of capitalism. Last but not least, what annoys people, which is its form is clearly (at least to my mind) a critique on mass media, as well, because that techinique/ language is the same that is displayed 24X7 over and over, on and on and turn ourselves into plainly consumers - it seems like nobody paid attention to the subtitle of the movie.

Have you ever watched "SURPLUS" (THE MOVIE)

This is war too, isn't?

Eagleton speak out on war p2

Eagleton speak out on war

by Terry Eagleton

Art as a production

I have spoken so far of literature in terms of form, politics, ideology, consciousness. But all this overlooks a simple fact which is obvious to everyone, and not least to a Marxist. Literature may be an artefact, a product of social consciousness, a world vision; but it is also an industry. Books are not just structures of meaning, they are also commodities produced by publishers and sold on the market at a profit. Drama is not just a collection of literary texts; it is a capitalist business which employ certain men (authors, directors, actors, stagehands) to produce a commodity to be consumed by an audience at a profit. Critics are not just analysts of texts; they are also (usually) academics hired by the state to prepare students ideologically for their functions within capitalist society. Writers are not just transposers of trans-individual mental structures, they are also workers hired by publishing houses to produce commodities which will sell. ‘A writer’, Marx comments in Theories of Surplus Value, ‘is a worker not in so far as he produces ideas, but in so far as he enriches the publisher, in so far as he is working for a wage.’
TERRY EAGLETON

terça-feira, dezembro 30, 2008

http://www.youtube.com/watch?v=UHABYo14fdM

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Goela de dragão


Piquenique à beira de estrada

Morte sépia cinza negra ruínas fracasso atraso. Escreve palavras sem nenhuma ligação. É tudo mentira. Vinte anos nenhum problema resolvido sequer posto. Deus é uma mentira como os ovinis, outra vida além dessa, triângulo das bermudas, conspiração dos astros, um gracioso engodo. Stella adora ler os russos e os alemães, melhor que Sarney ou Lacerda. Obsessão lixo entulho ferro velho solar e lunar Ashley Alice Diana Samanta Sara Suzette Mariana e Babi, mais nomes e nenhuma relação. Vida. Não existe sequer a Zona de Tarkovsky, nada que virá nos redimir. Na tevê, vende-se mantra pra ficar mais rico o ano que vem. Cheio de minha mesmice mas pensando em que escreveria Stella neste caderno.

Ia caindo a tarde, parei diante de um cartaz que anuciava a apresentação que daria Berma no primeiro dia do ano. Corria um vento suave e úmido. Aquele tempo me era bastante conhecido; tive a sensação e o pressentimento de que aquele dia do ano novo não era diferente dos demais, não era o primeiro dia de um mundo novo em que eu poderia, tentado a minha sorte ainda não explorada refazer minha amizaade com Gilberte, como no tempo da Criação, como se ainda não existisse o passado”... Stella sentia-se mais nova lendo esse tipo de literatura, não que ela fosse velha. Sentia que sua geração havia perdido alguns interessses, então sentia-se meio deslocada, por exemplo, tinha simpatia por Jango e Allende e não sabia como mas começou a estudar por conta própria, começou pela greve dos metalúrgicos, vidreiros e gráficos em São Paulo, em 1953.

Tinha perversões como o narrador que gostava de ajudar e guiar deficietes visuais, não só por altruísmo pois como Stella não acreditava em tal coisa, mas pelo prazer de se sentir útil, guiar alguém ao seu deestino, além do mais, gostava de ser tocado, como Stella, pois achava que as mãos deles eram mais macias além disso eram mais sensíveis, disso não tinham dúvida. Preferiam as mulheres mas o contato com os homens era mais frequente, parecia haver mais deficientes do sexo masculino na cidade.

O único medo de Stella era que as pequenas convulsões voltassem. Perto do aniversário de morte de sua mãe sua imaginação era mais útil, enxergava as coisas como elas realmente eram, sua mente era muito mais esperta e quase não dormia nesses dias, bebia para domesticar a imaginação. Não tinha medo de morrer nesses dias mas tinha medo das convulsões. Pensou em ligar pra Babi, conversar, tomar um café.


domingo, dezembro 21, 2008

terça-feira, dezembro 16, 2008

El Violin - quando a música (não) acaba

Lavorare Stanca

Sobre goela de dragão - queria beber as cinzas dos pinguins


Queria beber as cinzas dos pinguins

Tenho duas palavras que não saem da minha cabeça, marajoara e di Capri, são nomes que ouvi e li recentemente e ficaram no meu subconsciente, ou melhor, meu consciente.Quero contar uma história mas os nomes e as coisas já me narram outra história. As palavras me encantam e me confundem. Os nomes das coisas às vezes me fascinam, digo, nem sempre, mas às vezes, e parecem conter neles mesmos outros tempos, histórias fantásticas.

Tento narrar mas os detalhes me atrapalham, ao mesmo tempo sem eles não consigo contar nem apreender a experiência. Decidi contar a história desse caderno, mas me esqueci de descrever a foto contida em sua página de rosto, pois meu achado se parece mais com um livro a ser escrito do que um caderno.

A foto é estranha, em vez de descrevê-la penso em qual seria sua história. Será que a mulher na foto é a dona do caderno? Ou ela seria o motivo pelo qual o caderninho existia? Tinha um nome ao lado da foto, Stella, era o nome da fulana, ou da fotógrafa? Nome do fã que escreveria sobre inspiração da atriz? Era uma atriz sem dúvida naquela foto, pois posava sobre um palco de fundo negro.

Meu atual escritor favorito sempre começa suas histórias com um cadáver, eu começo com um caderno.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Os pingos nos is - Goela de dragão


O diabo está nos detalhes. Fui sempre muito ruim para contar histórias. Nunca conseguia prender a atenção dos ouvintes ou me esquecia dos detalhes. Talvez seja por causa da minha eterna falta de organização ou minha indisposição para se programar. Ela fica saliente na escrita.

Essa história não me redime. Odeio colocar os pingos nos is, tenho dificuldades em concatenar as idéias. Devo começar pelos lapsos, pois eles também contam uma história. Assim, começo pelo omitido, na manhã da descoberta Dona Mariana não estava lá. D. Mariana é geralmente a mulher que toma conta dos recicláveis, ela os organiza, já que os politicamente corretos como eu, são muito preguiçosos pra separar os diferentes tipos de materiais.

Todas as manhãs, especialmente as de Sábado, temos algum tempo pra conversar, digo, eu e D. Mariana. Nesse dia ela não estava e os tambores da coleta já encontravam-se abarroados, fora o monte de sacolas espalhadas pelo chão. Tinha uma casca de laranja embolorada na minha sacola, misturada com recicláveis e eu não tive coragem de pegá-la e jogá-la em outro lugar, ficou lá junto com os recicláveis.

Caminhei até uma lanchonete que fica em frente a um ponto de onibus, tomei um café e li “In Society”. Ginsberg reflete sobre a dependência da voz do autor, ou seja, a não-autonomia do autor, quero dizer, o autor como produtor, que necessita do outro e faz parte de uma classe. Estava meio sonolento, meio timido ou atordoado com o achado artesanal, as folhas do caderno pareciam costuradas com muita atenção. Pedi um café e em vez de receber um café puro ele veio com leite. Reclamei mas aceitei e tomei num copo americano devagar enquanto lia o poema de Ginsberg. Li e o reli, paguei, e saí. Fui a uma loja de 1,99 e comprei uma caneta pra começar a escrever no caderno. Paguei 1,70 pela caneta preta que custava 1,75. escrevi um bocado numa galeria. Dava uma postagem longa o suficiente, então me dirigi para uma lan-house. Não tenho internet em casa, nem computador pra arquivar o texto sobre o achado. No caminho tomei outro café, agora, um expresso, numa outra galeria. Tinha muito tempo pois era cedo e acreditava que a lan-house não estaria aberta. Tomei o café e li “The brick layer's lunch hour”, Ginsberg vê poesia no pedreiro sem camisa, eu admiro o graffit em frente ao café, do outro lado da rua, na mesma avenida da outra galeria em que há pouco eu sentara. Há muita poesia nos graffits, ou essa maneira de se expressar supera a poesia? E eu sem referente a altura tento domesticá-los, reduzí-los ao já conhecido que está morto nas estantes das livrarias, no comécio, nos museus.

sábado, dezembro 13, 2008

Goela de dragão - non attainment - o caminho do poço


“O caminho do poço”

Era mais um Sábado. Acordei, levei o lixo pra fora, fui tomar um café mas passei antes num posto de coleta seletiva. Tento ser politicamente correto em tempos de aquecimento global e crise econômica. Deixei alguns recicláveis lá e encontrei um caderno, “Goela de dragão”, primeiro li João da bíblia em caneta vermelha e alguns signos musicais desenhados a lápis sobre uma folha branca, havia algo de insólito no meu achado. Mais tarde descobri que antes dessas paginas haviam outras e uma foto ded Stella, uma atriz performática? E um excerpto de um tal Jean Chavalier.

Meu referente, por enquanto, é a data, tanto na capa preta de papelão onde se diz em letras gordas “Goela de dragão”, quanto ao lado da foto de Stella marca-se 1999. O ano em que morava em outro país.

O Sábado não era distinto só por causa do achado. Quando saí também levava Ginsberg’s “Selected poems” mas não ia jogá-lo fora como já fiz com tantos outros livros. Queria, com preguiça, ler o meu velho amigo, tomar um café. Achei no meio dos recicláveis aquele caderno e no mesmo momento me lembrei do “Zero não é vazio”. A pequena dedscoberta parecia um objeto feito por alguém consideerado louco, um tipo que cria muito mais do que os normais.

Vou chamar este texto de “non-attainment” ou fica como subtítulo, pois “Goela de dragão” também é interessante. Talvez, fique como o nome de todos os futuros textos deste caderninho. Pra não se perder posto na net.

É muito cedo e o comércio ainda não abriu, faz frio, eu escrevo no conforto de uma galeria, sentado em frente um sebo, coincidência? Um dos livros ou revistas dispostos na vitrine se chama “Spitfire”, sobre aviões ou algun tipo de arma da “Segunda guerra mundial”

sábado, novembro 29, 2008

sexta-feira, novembro 28, 2008

Carlos


"Zé-com-fome deitou olho na patroa do ``seu'' Lima Que não faz xodó na moça mas também não sai de cima Juca largou a sanfona e, abandonando o salão Foi prevaricar com a dona que vendia quentão E foi doente com doutora, indigente e protetora Foi aluna com professor E o perigoso bandoleiro, Zé Durango ``El Justicero'' Fez beicinho pro promotor Mas, faça o favor! Mas, faça o favor!"

Carlos queria aprender a amar Tânia, amiga de Diana – que também era amiga de Carlos - e namorava Túlio. Tânia ficou com Diego, esse caso era antigo, e contou pra Carlos que tinha mania de inventar que Diana gostava dele, esse caso também era antigo. Tânia continuou triste, assim como Túlio, Diana e Carlos que nunca se conheceram.