sexta-feira, agosto 27, 2010
Na sala de aula
"O demônio não tem voz, se ele a tivesse não seria demônio" Lilian Jacoto
"O suicídio é o fracasso da palavra" Cleusa Rios
Herberto Helder viveu a literatura como os beatniks
Resposta ao "senso comum": os olhos não são as janelas da alma mas dois buracos negros.
Sobre o Ermitão (primeira capa da edição de Os passos em volta)
"E me lembrei que a gente sempre ouvia nos sermões do pai que os olhos são a candeia do corpo, e que se eles eram bons é porque o corpo tinha luz, e se os olhos não eram limpos é que eles revelavam um corpo tenebroso"... André (Lavoura arcaica)
Devaneios dialéticos-judaico-cristão-póstudo: se tenho parte de demônio em mim e o inferno são os outros, o demônio precisa de inferno pra existir, o inferno precisa de demônio, e daí?
"Aprendi palavras novas e tornei outras mais belas": "Mise en abyme" diz o Wikipédia que o termo foi usado a primeira vez por André Gide (pinches franceses, piores que os gregos, inventaram tudo?) e quer dizer em termos literários as narrativas que contém outras narrativas.
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