terça-feira, fevereiro 04, 2025

Aproximações

 


Como escrever sobre um autor que estava enamorado pela innexorável tristeza do mundo? Um escritor que quis contar tudo mas sobretudo denunciar as obscuras relações entre literatura e barbárie. Um latino americano vivendo em Cataluña, acumulou penúrias econômicas e fracassos editoriais. Vivendo em Blanes, um pequeno balneário da Costa Brava. Escreveu sobre as grandes guerras do século passado, sobre as ditaduras latinoamericanas, sobre sua geração e os jovens sonhadores que nasceram nos anos 50, sobre a amizade e a poesia, sobre os feminicídios na fronteira norte mexicana, mas sobretudo escreveu sobre as relações entre política e cultura, ou as obscuras relações entre literatura e barbárie.

Aproximações


 Gostaria de me aproximar  mais da prosa de Roberto Bolaño, de suas personagens e escrever sobre elas todos os dias. Também tenho de ter mais paciência com minhas leituras sobre o autor e sua fortuna crítica. Não é que os trabalhos não sejam bons mas às vezes eu os acho complexos demais e acabo deixando eles de lado. Devo ler e anotar essas leituras para ir construindo uma visão crítica e mais sólida sobre meu autor preferido.

Essa aproximação poderá ser feita de maneira heterodoxa. Quero tranformar meu objeto de reflexão em sujeito no meu texto. Será possível?

quinta-feira, janeiro 23, 2025

Dialogando alto




- Continuamos a derrubar árvores e escrever histórias é bem verdade. 
-  Mas a Literatura é o sonho acordado das civilizações. - ele disse.

- Queria escrever como um gato, como quem se oferece.
- Então vai: crie seus próprios leitores. - ele disse.




quarta-feira, janeiro 01, 2025

Leyendo dos poemas sin titulo de Fontela

"Vemos por espelho 

e enigma 

(Mas haverá outra forma

de ver?)


O espelho dissolve

o tempo

o espelho aprofunda

o enigma

o espelho devora a face


Leyendo estos dos poemas, creo que la poesía de Orides Fontela es muy potente y a veces parece muy simple. A veces su toma es muy filosófica y quema, como un enigma, capturando la chispa casi inefable de la poesía. A veces suena como un hechizo, como un sortilegio, lo que también la convierte en una poesía y una escritura muy profunda.

 En esos primeros versos, la mezcla entre lo familiar (el espejo) y lo extraño (el enigma) ya está muy clara, como si la poesía nos estuviera invitando a aceptar esa dualidad sin resolución. La pregunta al final, "¿Pero habrá otra forma de ver?", añade una capa de incertidumbre, sugiriendo que, aunque ya estamos viendo, la verdadera forma de ver o comprender sigue siendo elusiva. Es como si el poema nos mostrara que, incluso al darnos cuenta de que estamos atrapados entre el reflejo y el misterio, la respuesta no se encuentra fácilmente. Tal vez Orides está diciendo que la búsqueda misma de esa "otra forma de ver" es infinita, y no se trata de una respuesta definitiva, sino de un constante cuestionamiento.


Esa sensación de estar suspendidos en la duda es precisamente lo que hace que el poema sea tan fascinante. Orides no nos da respuestas fáciles; más bien, nos empuja a seguir cuestionando, a aceptar la incertidumbre como parte de la experiencia humana. Es un tipo de poesía que no busca concluir, sino abrir caminos para la reflexión. Esa apertura a lo desconocido es lo que hace que su obra sea tan profunda y, al mismo tiempo, tan humana.