terça-feira, dezembro 25, 2012

ISRAEL

"Mas se o horror for constante, aí, então,não haverá esperança. Nenhuma. Tudo continuará igual."
GONÇALO M. TAVARES

sexta-feira, dezembro 21, 2012

"Só isso se guarda: o amor e as palavras." INÊS PEDROSA

terça-feira, dezembro 11, 2012

Deus é o silêncio.

quarta-feira, dezembro 05, 2012

TEORIA GERAL DO ESQUECIMENTO - JOSÉ EDUARDO AGUALUSA

"A  fraqueza, a vista que se esvai, isso faz com que tropece nas letras, enquanto leio. leio páginas tantas vezes lidas, mas elas são já outras. Erro, ao ler, e no erro, por vezes, encontro incríveis acertos. No erro me encontro muito." LUDOVICA

quinta-feira, novembro 29, 2012

A morte

A morte e sua continuidade e suas intermitências. A morte e suas nuances. Sempre a morte. Ontem, Wiliam. Hoje: Manuel. Sempre, margarida. Amar, beber, comer e morrer.

segunda-feira, novembro 26, 2012

EL MITO DE SÍSIFO

No hay sino un problema filosófico realmente serio: el suicidio.
ALBERT CAMUS

domingo, novembro 18, 2012

e la nave va ...

Entropias, distopias ... utopias...
Lucio Costa, Nina Lemos, Zafón, Rodrigo Naves, Gombrowicz, Bob Dylan,
Kind of Blue...
Como falar dos livros que não lemos, das músicas que não conhecemos?
Valéry, Leminsky, Bayard e Humberto Eco...

sábado, novembro 10, 2012

Tradução livre: "La vida breve", Juan Carlos Onetti

"Um sorriso sem jeito. E se descobre que a vida está feita, desde muitos anos atrás, de mal entendidos. Gertrudis, meu trabalho, minha amizade com Stein, a sensação que tenho de mim mesmo, mal entendidos. Fora isso, nada; de vez enquando algumas opurtunidades de esquecer, alguns prazeres, que chegam e passam envenenados. Talvez todo tipo de existência que eu possa  imaginar  transforma-se em um mal entendido. Talvez, pouco importa. Entretanto, sou esse homem pequeno e tímido, imutável, casado com a única mulher que consegui seduzir ou que me seduziu, incapaz, não ainda de ser outro, senão da mesma vontade de ser outro. O homenzinho que se magoa na medida em que a aflição se lhe impõe, homenzinho confundido numa legião de homenzinhos aos quais foi prometido o reino dos céus. Asceta, como zomba o Stein, pela impossibilidade de me apaixonar e não pelo acertado absurdo de uma convicção eventualmente mutilada. Esse, ser no taxi, inexistente, mera encarnação da idéia Juan María Brausen, símbolo bípede de um puritanismo barato feito de negativas - não ao alccol, não ao tabaco, um não equivalente para as mulheres -, ninguém, em realidade; um nome, três palavras, uma diminuta idéia construida mecanicamente por meu pai, sem oposições, para que suas negativas herdadas continuassem sacundindo suas cabecinhas vaidosas mesmo depois de sua morte. O pequeno homem e seus mal entendidos, certamente, como para todo o mundo. Talvez seja isso que uma pessoa vai aprendendo com os anos, insensívelmente, sem prestar atenção. Talvez nossos ossos saibam disso quando estamos decididos e desesperados, junto a altura de um muro que nos prende, tão fácil de saltar se fosse possível saltá-lo; quando estamos a um passo de aceitar que, definitivamente, o importante seja somente si próprio, porque isso é o unica coisa que nos foi indiscutivelmente confiada; quando vislumbramos que somente a própria salvação pode ser um imperativo moral, que somente nossa salvação é moral; quando logramos  respirar por um impensado resquicio de ar primordial que vibra e chama ao outro lado do muro, imaginar a satisfação, o desfeito e a soltura, talvez então nos pese, como um esqueleto de chumbo metido dentro dos nossos ossos, a convicção de que todo mal entendido é suportável até a morte, a não ser o que cheguemos a descobrir fora de nossas circunstâncias pessoais, fora das responsabilidades que podemos repudiar, atribuir, derivar."

quarta-feira, novembro 07, 2012

Percurso

Humildemente vaidoso
a vaidade de um asceta
o orgulho de um abstêmio

céus
lunares
um ou dois
me acompanham como pontos em fuga









Ancient Sound, Abstract on Black
1925 (Paul Klee)

terça-feira, novembro 06, 2012

Exercício de tradução livre ( Excertos de "A la espera de la oscuridad" de Alejandra Pizarnik)

A espera da escuridão

Sem olhos para recordar angústias de outrora
Sem lábios para colher o sumo das violências
Perdidas num canto  gelado dos  campanários
Sem mãos para dizer nunca
Sem mãos para presentear mariposas
Aos meninos mortos


Leitura, década de 1990 Antônio Hélio Cabral

segunda-feira, novembro 05, 2012

..."o que é um ser cujo ser consiste em compreender?"


Vazio de ser
desejante
 faltante
A vida toda em três linhas

Imagem: Slawek Gruca

terça-feira, outubro 30, 2012

Noche ( Alejandra Pizarnik)



Tal vez esta noche no es noche,
debe ser un sol horrendo, o
lo otro, o cualquier cosa.
¡Qué sé yo! Faltan palabras,
falta candor, falta poesía
cuando la sangre llora y llora!

¡Pudiera ser tan feliz esta noche!
Si sólo me fuera dado palpar
las sombras, oír pasos,
decir "buenas noches" a cualquiera
que pasease a su perro,
miraría la luna, dijera su
extraña lactescencia tropezaría
con piedras al azar, como se hace.

Pero hay algo que rompe la piel,
una ciega furia
que corre por mis venas.
¡Quiero salir! Cancerbero del alma.
¡Deja, déjame traspasar tu sonrisa!
¡Pudiera ser tan feliz esta noche!

Aún quedan ensueños rezagados.
¡Y tantos libros! ¡Y tantas luces
¡Y mis pocos años! ¿Por qué no?
La muerte está lejana. No me mira.
¡Tanta vida, Señor!
¿Para qué tanta vida?

De "La última inocencia" 1956


http://amediavoz.com/pizarnik.htm

sábado, outubro 20, 2012

Bliss (KATHERINE MANSFIELD)



"Although Bertha Young was thirty she still had moments like this when she wanted to run instead of walk, to take dancing steps on and off the pavement, to bowl a hoop, to throw something up in the air and catch it again, or to stand still and laugh at - nothing - at nothing, simply"...

Chuva Interior (Mário Chamie)


"Quando saia de casa
percebeu que a chuva
soletrava
uma palavra sem nexo
na pedra da calçada.
Não percebeu
que percebia
que a chuva que chovia
não chovia
na rua por onde
andava.
Era a chuva
que trazia
de dentro de sua casa;
era a chuva
que molhava
o seu silêncio
molhado
na pedra que carregava.
Um silêncio
feito mina,
explosivo sem palavra,
quase um fio de conversa
no seu nexo de rotina
em cada esquina
que dobrava.
Fora de casa,
seco na calçada,
percebeu que percebia
no auge de sua raiva
que a chuva não mais chovia
nas águas que imaginava.”

MÁRIO CHAMIE

quinta-feira, outubro 18, 2012

Rascunho

A saudade é uma forma de velhice:

"Eu matei minha saudade mas depois veio outra"

Amanhã dou sentido pra tudo isso.

quinta-feira, outubro 11, 2012

100,000 fireflies

"Why do we still live here
In this repulsive town?
All our friends are in New York"

Superchunk- 100,000 Fireflies

quinta-feira, outubro 04, 2012

Nunca lo será (C. Caraza, G. Santos, L. López)

Ayer a un niño mataron
allá por la carretera
quien, con saña traicionera,
con comprarle lo engañaron.
Su camioneta vendía
y seguido se decía:
“Esta es mi tierra, pero no
mi guerra, nunca lo será.”

Yo de ti siempre me acuerdo
al postrarme aquí de hinojos
no volveré a ver tus ojos
de ellos me queda el recuerdo.
Desde que te secuestraron
mis pensamientos cambiaron.
Esta es mi tierra, pero no
mi guerra, nunca lo será.
Esta es mi tierra, pero no
mi guerra, nunca lo será.

Pero sale el sol
Y de nuevo lo saludo
Ni esta gran tristeza pudo
Mi esperanza quitar hoy
Grande es mi nación
Y lo digo con orgullo
Hacen falta muchas balas
Pa’acabar con mi futuro.













Trabajo en la madrugada
Pa’ mantener a mis hijos
Quien cuidará esos chiquillos
Si es que yo no regresara
Al portar el uniforme
Repito poco conforme
Esta es mi tierra, pero no
Mi guerra nunca lo será

Por una que otra moneda
Mis consejos olvidaste
Y el lado bueno dejaste
Llevándote a tu condena
Como un niño que era bueno
Se ahogó con este veneno
Esta es mi tierra, pero no
Mi guerra nunca lo será

Pero sale el sol
Y de nuevo lo saludo
Ni esta gran tristeza pudo
Mi esperanza quitar hoy
Grande es mi nación
Y lo digo con orgullo
Hacen falta muchas balas
Pa’acabar con mi futuro.

(puente musical)

Pero sale el sol
Y de nuevo lo saludo
Ni esta gran tristeza pudo
Mi esperanza quitar hoy
Grande es mi nación
Y lo digo con orgullo
Hacen falta muchas balas
Pa’acabar con mi futuro.

Pero sale el sol
Y de nuevo lo saludo
Ni esta gran tristeza pudo
Mi esperanza quitar hoy
Grande es mi nación
Y lo digo con orgullo
Hacen falta muchas balas
Pa’acabar con mi futuro.

No hay lugar para más flores
Ya está lleno el camposanto
Donde arrodillado canto
Sin más que ahogar mis dolores
En recuerdo he de sentirte
Y mi alma querrá decirte
Esta es mi tierra, pero no
Mi guerra nunca lo será
Esta es mi tierra, pero no
Mi guerra nunca lo será
Y nunca lo será
Y nunca lo será
Y nunca lo será

quarta-feira, outubro 03, 2012

tarde de outubro (pastiche de pacheco)

Simulacro, você tinha 14 anos. Era necessário viver e crescer. Deixar a infãncia. Definitivamente era necessário crescer. Nunca você vai  esqueccer aquela tarde de outubro. Você tinha apenas 14 anos e ainda conversava com os insetos, as formigas e as minhocas no jardim. Você estava terminando o ensino fundamental. Foi a primeira vez que se interessou por uma história escrita. Foi a primeira vez que você se interessou por um livro. Vermes, minhocas e lesmas eram todos seus. Caracóis e joaninhas eram seus. Você era um deus sonso e infantil. Não se lembrava mais do seu pai, morto logo depois que você tinha nascido.

domingo, setembro 23, 2012

sábado, setembro 22, 2012

Buenos Aires?

Soñé que viajaba por Argentina aunque nunca estuve allá sentia que era Buenos Aires. El aeropuerto era muy peculiar y se parecia a una estación de metro antigua. Las personas eran muy amables y todos parecian estar contentos. Creo que no estaba solo, me acompanhaba C. Luego me perdía en un grand parque arbolado y muy atractivo. mientras estuve en el parque buscava C. pero no  estaba atronado. Mientras estuve en el parque jugaba con unos niños una cosa medio parecida con soft ball o   algo por el estilo que no sabería explicar. Después caminaba por cuestas extremamente escarpadas que eran incrivelmente pobladas desafiando la física luego tenía dudas se la ciudad era Buenos Aires aunque fuera una ciudad extensa . Entonces vi un rio de aguas netamente azules, era un rio muy vasto que parecía el mar. Luego soñé que hojeaba Por el camino de Swann.

sábado, setembro 15, 2012

Uma alegria de não informar nada de nada (Equações)

H. gravava vozes do além no ano em que nasci. Ela escrevia o livro sem fim de sua vida quando aprendi a andar. H. morreu sem que eu conhecesse sua escrita. Eu gostava de pescar naquela época. M. morreu logo depois, aí eu comecei a me interessar por livros mas já era tarde. Só depois de muito tempo comecei a ler H., sua poesia e seus romances. Hoje sinto falta de M. e queria inventar histórias como H. para preencher a falta de M.
(Cena de Cria cuervos de Carlos Saura)

O Canto IX de Ariana: Júbilo, Memória Noviciado da Paixão - Mônica Salmaso

quinta-feira, setembro 13, 2012

Cultivando os erros necessários ( San Girolamo che scrive - CARAVAGGIO)



O realismo formal ou  o realismo moderno parte da representação de uma visão minuciosa e desapaixonada da realidade e uma visão por vezes pretensamente científica, segundo Ian Watt. A premissa talvez seja de que o narrador sofra de um mal estar no mundo e sofra de um sentimento de impotência diante das questões sociais, segundo Auerbach.

Saint Paul in prison (REMBRANDT)

Estudar de dia e de noite. Ler Ian Watt que leu Lucáks e Auerbach. Ler e entender o realismo formal. A busca da fidelidade na reconstituição da realidade. Quando a linguagem é um veículo referencial e por vezes exaustivo. Quando a visão circunstancial da vida  assim como a descrição dos espaços adquire uma força dramática. Há, em suma, uma descrição minuciosa da realidade.

terça-feira, setembro 11, 2012

La Pieta (Elgreco)

Será possivel contar a história de M. a partir de sua morte? Seria possivel invenntar a vida de M? Lembrar das alegrias e tristezas de uma mulher forte, mas forte rima com morte e eu volto ao ponto de partida..

Se meu mundo cair - José Miguel Wisnik (1992)

quinta-feira, setembro 06, 2012

Alquimia del verbo (RIMBAUD)




A mí. La historia de una de mis locuras.
Llevaba largo tiempo alardeando de poseer todos los paisajes posibles y encontrando irrisorias todas las celebridades de la pintura y de la poesía moderna.
Me gustaban las pinturas idiotas, dinteles, decorados, telones de saltimbancos, emblemas, estampas populares; la literatura pasada de moda, latín de iglesia, libros eróticos sin ortografía, novelas de nuestras abuelas, cuentos de hadas, libritos infantiles, óperas viejas, estribillos bobos, ritmos ingeniosos. Soñaba cruzadas, viajes de exploración cuyo relato no tenemos, repúblicas sin historia, guerras de religión sofocadas, revoluciones de costumbres, desplazamientos de razas y continentes: creía en todos los encantamientos.
¡Inventé el color de las vocales! - A, negra; E, blanca; I, roja; O, azul; U, verde. - Ajusté la forma y el movimiento de cada consonante y, con ritmos instintivos, me precié de inventar un verbo poético accesible, algún día, a todos los sentidos. Me reservaba la traducción.
Fue al principio un estudio. Escribía silencios, noches, acotaba lo inexpresable. Fijaba vértigos.
Lejos de los pájaros, de los rebaños, de las aldeanas, ¿qué bebía yo, de rodillas en el brezal rodeado de tiernos bosques de avellanos, en una neblina de tarde fría y verde?
¿Qué podía beber, en este joven Oise,
- ¡olmos sin voz, césped sin flores, cielo cubierto! -beber de los odres amarillos, lejos de mi choza querida? Algún licor sudorífico.
Yo era un equívoco letrero de albergue.
- Una tempestad vino a ahuyentar el cielo. Al atardecer el agua de los bosques se perdía en las arenas vírgenes, el viento de Dios arrojaba carámbanos en las charcas; llorando, veía oro - y no pude beber.-

Duas Pátrias (de José Martí)



Duas pátrias tenho eu: Cuba e a noite.
Ou são uma as duas? Mal retira
sua majestade o sol, com largos véus
e um cravo na mão, silenciosa,
Cuba, qual viúva triste me aparece.
Eu sei qual é esse cravo sangrento
que em sua mão treme! Está vazío
meu peito, destroçado está e vazío
onde estava o coração. Já é hora
de começar a morrer. A noite é boa
para dizer adeus. A luz estorva
a palavra humana. O universo
fala melhor que o homem.
Como bandeira
que convida a batalhar, a chama vermelha
da vela flameja. As janelas
abro, já apertado em mím. Muda, rompendo
as folhas do cravo, como uma nuvem
que turva o céu, Cuba, viúva, passa…

sexta-feira, agosto 31, 2012

Pensamientos (de Nicanor Parra)



Qué es el hombre
                                se pregunta Pascal:
Una potencia de exponente cero.
Nada
            si se compara con el todo
Todo
          si se compara con la nada:
Nacimiento más muerte:
Ruido multiplicado por silencio:
Medio aritmético entre el todo y la nada.

domingo, agosto 19, 2012

Caracola (By Lorca)

"Me han traído una caracola.

Dentro le canta
un mar de mapa.
Mi corazón
se llena de agua
con pececillos
de sombra y plata.

Me han traído una caracola."
 
FEDERICO  GARCIA LORCA 

domingo, agosto 12, 2012

quarta-feira, agosto 08, 2012

faz sentido?

Hoje sonhei com uma mesquita junguiana.

quinta-feira, agosto 02, 2012

Devaneio

A morte sempre está presente. A morte sempre. A morte sempre está. Bendita a morte que sempre está presente.

quarta-feira, agosto 01, 2012

Medication (by MODEST MOUSE)

This is the part of me that needs medication
This is the part of me that believes in heaven
This is the part of me that thinks outer space is all dead
This is the part of me that wishes it was with it
This is the part of me that's trying to be funny
This is the part of me that loves my parents
This is the part of me that thinks that ants are cavemen
This is the part of me that thinks all humans are ants
This is the part of me that learns from sitcoms
This is the part of me that means nothing

And I don't know
Where I could go away and you could wish
That I had stayed or just stayed gone
And I don't know
And I don't know at all
So, out of the context and into what you meant
And you know your reasons
You don't know who you are
But you know who you want to be
I don't know
So you go to the library to get yourself a book
And you look and you look
But you didn't find anything to read
And I don't know at all

Left all my kinder parts rusting and peeling
That guy was complaining as he looked at the ceiling
My nose isn't that big, it looks nothing like me
We're all doctors trading sadness for numbness
Grass looks much greener but it's green-painted cement
The mayor's machines are there cleaning the pavement
You can't make dirt clean so we'll just lemon-scent it

sexta-feira, junho 01, 2012

quarta-feira, maio 30, 2012

JAZMIN SOLAR "LUCIERNAGAS"

O Evangelho Segundo Jesus Cristo

"O que é que em nós sonha o que sonhamos."
                                                                José

segunda-feira, maio 28, 2012

" a gente é feito pra acabar"

" A vida seria, então, como disse um lucreciano, a doença na pureza do não-ser"

JOSÉ LEZAMA LIMA


A vida humana  se torna um todo somente mediante a morte ?

quinta-feira, maio 24, 2012

"Skull" (By Sebadoh)


There is history in this place
There are dragons to be chased
And though I don't know who you are
An easy flow and a strong, a strong heart
And the charm in the way you hide
Gently take my skull for a ride
And I don't know who you are
But I know what I would like you to be
A one-night stand under stoned persuasion
But a joy that I can't hide
Gently take my skull for a ride
We can never ever go too far
The pain we can't escape at least will wait
So let's go quickly, no we go slow
Let's go chasing dragons through the snow
Kindly take my all
And give me all you have
Gently take my skull for a ride
Take and shake your soul
But never lose control
Gently take your skull for a ride

sexta-feira, maio 18, 2012

Ínfimos suspiros e olhares

Emilia andava cada vez mais Macabéia. O devaneio já era um estilo de vida: rádio, coca cola, cachorro quente e principe encantado. Andava pelas ruas e já não prestava mais atenção nos carros. Andava unânnime, cabisbaixa, mirando as calçadas, o cimento, as pedras, as rachaduras e os pequenos abismos.

quarta-feira, maio 16, 2012

Luciérnagas ( Jazmin Solar)

Osvaldo queria ser um caracol, Emilia, uma tartaruga e Cristina, um vaga-lume.

"Delicadamente va,

volando un gesto,
silenciosamente voy,
mirando tus pasos
no hace falta que yo diga nada,
para que notes que yo no me atrevo,
a mirarte a los ojos y decir que te quiero.
Dulcemente voy tomando,
cada estrella que hay en el cielo
y entre música y silencio,
yo busco tus ojos en la oscuridad.
No hace falta que me digas nada,
el aire me trajo tus besos,
y entre música y tu recuerdo,
encuentro una luz que se aprende y se apaga.
Luciérnagas,
luciérnagas..."

terça-feira, maio 08, 2012

QUALQUER MÚSICA




"Qualquer música, ah, qualquer,
Logo que me tire da alma
Esta incerteza que quer
Qualquer impossível calma!

Qualquer música – guitarra,
Viola, harmônio, realejo...
Um canto que se desgarra...
Um sonho em que nada vejo...

Qualquer coisa que não vida!
Jota, fado, a confusão
Da última dança vivida...
Que eu não sinta o coração!"

FERNANDO PESSOA

segunda-feira, abril 23, 2012

A Fernando Pessoa ( By Alberto Caeiro)

"De eterno e belo há apenas o sonho. Porque estamos nós falando ainda?"

sábado, abril 21, 2012

Minas Gerais ( by Milton Nascimento)

Minas Gerais
Milton Nascimento

"Com o coração aberto em vento
Por toda a eternidade
Com o coração doendo
De tanta felicidade

Coração, coração, coração
Coração, coração...

Todas as canções inutilmente
Todas as canções eternamente
Jogos de criar sorte e azar"

domingo, março 25, 2012

Gratidão

Preciso de muitas vidas para ler as respostas de B. Suas insinuações, suas cores e tons falam de lugares novos que ainda não visitei, talvez fale de lugares  invertidos que não consiga enxergar. 

quarta-feira, março 07, 2012

conjecturas sobre o Marinheiro

e se tudo fosse um sonho ...

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Encontro marcado

"O artista não é uma espécie de homem; todo homem é que é uma espécie de artista."
ERIC GILL

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Jueves


Preparação para a Morte

A vida é um milagre.
Cada flor,
Com sua forma, sua cor, seu aroma,
Cada flor é um milagre.
Cada pássaro,
Com sua plumagem, seu vôo, seu canto,
Cada pássaro é um milagre.
O espaço, infinito,
O espaço é um milagre.
O tempo, infinito,
O tempo é um milagre.
A memória é um milagre.
A consciência é um milagre.
Tudo é milagre.
Tudo, menos a morte.
Bendita a morte,
que é o fim de todos os milagres!

MANUEL BANDEIRA

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

O futuro de uma ilusão:

"Um homem que passou dezena de anos tomando pílulas soporíferas, evidentemente fica incapaz de dormir se lhe tiram sua pílula"
Freud

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Martes

Terminei a leitura  dos Diários de Pizarnik. Fica a vontade de ler o diário de Kafka (sugerido por Pizarnik e Piglia). A conversa com P. R. sobre Jesus e Primo Levi entre outros assuntos me fez pensar em outras possíveis leituras. Talvez aceite esse bate papo com P. R. como dica de leitura e comece É isto um homem? No entanto, enquanto lia Pizarnik pensava em que tipo de prosa em português iria me aventurar e pensei em Milton Hatoum pois ainda não li nenhuma de suas obras. Sigo lendo Freud, O futuro de uma ilusão, na biblioteca da Educação. Devia ler tomando notas.

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Domingo

Passei o domingo sem ler e sem escrever, assistindo filmes na tv a cabo e jogos de futebol. Em suma, passei o domingo na frente  da tv. Triste domingo.

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Diarios de Pizarnik

lunes 20 (deciembre), 1964
"El problema es éste: no debiera pasar un día sin escribir a lo menos dos horas. Sin leer otras tantas. El mío es un problema de ritmo, de organización. Partir de lo que quiero decir y luego buscar cómo decirlo. A esto se reduce la cuestión."

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Diarios de Pizarnik

Martes 29, 1964
"Hoy descubrí que vivir es dificilísimo. (...) es indudable que  es preciso el sufrimiento para conocer y saber (...) la tarea consiste en darse vuelta, transformarse, reformarse, corrigirse (...)

terça-feira, fevereiro 07, 2012

bajo la influencia de Pizarnik (Armador, amador)

Sinto um demaisado respeito pelo sofrimento alheio. Esta abstração me comove e me faz sofrer também, faz sentido? Meus olhos estão sempre alerta às misérias cotidianas e suas infinitas cores, ou talvez eu seja apenas mais um hipócrita. Ainda assim, não conheço ainda tudo que deveria conhecer e tampouco li tudo que deveria ler. Sinto me uma espécie de amador. ...' je n'ai pas lue tous livres' ...

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Diarios de Pizarnik

"M. me dice que sólo se quedará lo que se escribe. Me dio miedo porque pensé que hasta la lluvia puede borrar un poema."

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Diarios de Pizarnik

"Verde oscuro de las plantas sobre el gris de los muros. Cielo gris. Caras en movimiento, a veces dos ojos te explican la miseria."