A espera da escuridão
Sem olhos para recordar angústias de outrora
Sem lábios para colher o sumo das violências
Perdidas num canto gelado dos campanários
Sem mãos para dizer nunca
Sem mãos para presentear mariposas
Aos meninos mortos
Leitura, década de 1990
Antônio Hélio Cabral
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