terça-feira, dezembro 31, 2024

Las lecturas y los días (Orides Fontela - poesia completa.)


 

Hace unos seis meses, me compré un libro de Orides Fontela en la librería Martins Fontes, en la Avenida Paulista. Luego lo hojeé durante unos días y lo dejé en mi estante. Mis primeras impresiones fueron que su escritura parecía impactante y, a la vez, dura. Lo dejé en el estante por cuenta de mis obligaciones y otras lecturas, y por causa del trabajo. Después, volví a leerlo. Lo volví a releer durante las vacaciones y ahora puedo tomarme mi tiempo y disfrutar de la escritura. Aún me sigue causando la impresión de ser impactante y dura, pero la disfruto mucho más que antes. Lo que me atrajo de su escritura, primeramente, fue su intensidad y su profundidad. También me llamó la atención la historia que conocía sobre su biografía.

quinta-feira, dezembro 19, 2024

Primer día de vacaciones

 Hoy fue un día tranquilo y perezoso. Fue mi primer día de vacaciones. Me desperté tarde, alrededor de las 9, y después de desayunar me puse a leer unas páginas de Los Detectives Salvajes de Roberto Bolaño. Tenía mucha flojera, así que me eché a dormir un poco. Después, me fui al centro comercial con mi novia y compramos unos regalos, además de un par de camisas para mí.

Volvimos del centro comercial y mi novia se puso a empaquetar sus regalos de Navidad, pues había comprado papel para hacer los paquetes. Después, tomamos café juntos. Luego, yo me puse a ver unos videos sobre literatura en YouTube mientras mi novia hacía crucigramas. Uno de los videos que vi era sobre Sor Juana y el libro de Octavio Paz, Las trampas de la fe.

Ahora sigo en la computadora, pensando y escribiendo sobre mi día, mientras mi novia lee un libro de Agualusa, Milagrario pessoal.

terça-feira, dezembro 17, 2024

Diario salvaje de vacaciones

 Lo primero que hice al levantarme fue ir a la panadería y desayunar un pan con mantequilla y un café con leche. Entonces volví a mi casa y me puse a trabajar en las calificaciones de las clases de inglés que imparto todos los días. Después de corregir un montón de pruebas, subí las calificaciones al sistema en línea de la escuela

Comí en casa con mi papá. Almorzamos arroz, frijoles y carne.

Hoy trabajé remotamente desde mi casa. No tuve que impartir clases porque sigo corrigiendo exámenes. Después del trabajo, fui a una tienda de libros usados.

De hecho, antes de ir a una tienda de libros usados, pasé un rato en una librería. Estaba buscando un libro de Bolaño en portugués para cotejarlo con el texto original. Después de comprar Amuleto, me fui a la tienda de libros usados y me compré otro libro de Bolaño en portugués, Putas asesinas, para compararlo con la versión en español que tengo en casa.

Había mucha gente en la librería y poca gente en la tienda de libros usados. En la librería busqué un libro de César Aira que, aparentemente, está fuera de catálogo. Me quedé más tiempo en la tienda de libros usados porque conozco a los libreros de allí.

De hecho, la tienda de libros usados es más atractiva: es un caserón de tres plantas que funciona como un centro cultural. Conozco a la dueña de esta librería, se llama Daniele.



sexta-feira, novembro 15, 2024

Roberto Bolaño


 O propósito político da escrita de Bolaño assim como seu impulso histórico também me fascinam mas essa é uma outra história.

Roberto Bolaño



 Tenho uma vontade enorme de escrever sobre meu entusiasmo estético com a obra do autor Roberto Bolaño. No entanto, sei que se eu lograr um texto que valha a pena ser lido muita coisa vai ficar de fora e isso me entristece um pouco. É como se eu fracassasse desde o início, não sei se me explico. É como se o autor chileno fosse um tsunami literário e qualquer intuito meu de relatar seu tamanho só descrevesse uma marolinha na beira da praia.

quarta-feira, janeiro 24, 2024

Hey brothers, hey sisters!


 

Dizem que boas crônicas saem de assuntos que nos incomodam. Quando a gente está feliz a gente abraça alguém, por exemplo. Quando a gente está irritado a melhor coisa é sentar e escrever talvez. Talvez um bom texto apazigue um pouco nosso animo. Muitas coisas me irritam e eu poderia fazer uma lista delas: redes sociais, barulho e ruidos em geral, os programas sensacionalistas, o pseudo-jornalismo nas tvs abertas, as tvs em todas partes, show do Roberto Carlos no fim de ano, a discussão sobre uva passa, o ‘mundial’ do Palmeiras a lista é infinita. Mas o que mais me incomoda nessa época, no começo do ano é o BBB.


Acredito que muita gente boa já escreveu sobre esse fenômeno e sua audiência. Afinal de contas já são vinte e quatro variações sobre o mesmo tema no ar por quase um quarto de século e já deu tempo pra pensar a respeito do assunto. Aliás, há até gente séria que produziu belos ensaios e estudos sobre o Big Brother Brasil. Não li nehum mas tenho vontade de dar uma aprofundada no tema. Na verdade não sei ao certo o que me irrita mas essas linhas são uma tentativa de desvendar o mistério que me habita.


Gosto do carnaval, apesar de não ser folião, gosto de futebol, apesar de não  levar nehum jeito pro esporte, assisto algumas tele-novelas com meu pai, apesar de achá las em sua maioria meio óbvias. Gosto de filmes do Adam Sandler e do Jim Carey. Gosto de uva passa no arroz no fim de ano, já provei macarrão com feijão e gostei. Por tanto, não me considero na fila dos elitistas ou dos puristas quando o assunto é gosto ou entretenimento em geral. Mas o BBB é difícil de engolir. 


Já assisti um BBB inteiro. O da pandemia, o do Lucas Penteado e da Karol com K, o BBB 21. Mas não consigo entender como esse tipo de programa continua no ar por tanto tempo. Confesso que não gostei do que vi. Agora a razão pela qual o show me irrita é dificil de elaborar. Talvez sejam os discursos de auto ajuda de baixa qualidade dos anfitriões do programa. Talvez seja o sado masoquismo dos participantes. Talvez sejam seus efeitos na audiência. Talvez seja o que está por trás da competição e da própria ideia de reality show.


terça-feira, janeiro 23, 2024

A musa de Fellini e Caetano


 

Ontem fui ao CINESESC e assisti pela primeira vez um filme com Giulietta Masina. Quanto talento, ternura e beleza numa só atriz!

sábado, janeiro 20, 2024

Todo atrapalhado com as leituras



Estava terminando Las cosas que perdimos en el fuego mas por causa de um curso de crônicas voltei a ler Antonio Prata. Comecei a ler Por quem as panelas batem e emendei com Meio intelectual meio de esquerda, ou seja, estou intercalando as leituras dos livros do Prata e interrompi por dois dias já a leitura de Mariana Enriquez. Pra complicar um pouco mais hoje era aniversário de uma amiga e resolvi fazer uma visita. Ela tem um sebo. Saí de lá com Pergunte ao pó de John Fante. Estou no capítulo cinco. A leitura é uma delícia. O narrador bota em cheque a si mesmo e a literatura. Estou gostando muito por enquanto.

segunda-feira, janeiro 08, 2024

Las cosas que perdimos en el fuego - diário de leitura 1

 Estou mais ou menos na metade desse livro de contos. O problema é que comecei ele no ano passado, então já havia lido três contos e se não me falha a memória  esses  três primeiros não têm muito que ver com o sobrenatural. Ou melhor dito, possuem tons de horror e violência mas não possuem elementos do sobrenatural. Lembro que havia gostado das histórias e da maneira que a narradora  conta esses enredos.

Deveria voltar e ler do começo? Não sei. Mas é uma boa questão. O fato é que acabo de ler dois contos que possuem elementos sobrenaturais e aparições. Um se chama La casa de Adela e o outro Pablito clavó un clavito: una evocación del Petiso Orejudo. Não estou acostumado com esse tipo de narrativa mas elas não deixam de ser envolventes. Me deu vontade de voltar a ler os contos policiais e de horror  de Poe. 

sexta-feira, janeiro 05, 2024

Las cosas que perdimos en el fuego - diário de leitura


 


Encontrei esse livro de contos de Mariana Enriquez na rua DR. Tristán Navaja em Montevideo. Na livraria Bildung Libros atendido por um livreiro tímido e triste naquele inverno de 2023. Nessa mesma calle há uma série de livrarias de livros novos e usados e aos domingos tem uma feiira de livros numa de suas perpendiculares.

Pensei que estivesse fora de catálogo pois já havia procurado em umas quatro boas e grandes livrarias da cidade e não o encontrava. Tampouco encontrava Los perigos de fumar en la cama de 2009. A compilação de contos Las cosas que perdimos en el fuego é de 2016. A edição é de Anagrama. A gravura da capa é uma ilustração muito peculiar de Aleksandra Waliszewska (1976). É nítida a influência que vai de Giotto a De Chirico nos traços da polonesa. 

Ainda sobre a ilustração, no fundo há uma mesa, umas plantas em torno da mesa e um espelho mais ao fundo no centro da mesa. Os tons são bem sombrios, marrom, cinza e negro. No primeiro plano, há uma jovem mulher pálida e loira, usando um longo vestido vermelho, está sentada ao centro da mesa num banco. Ela está penteando o cabelo e olhando diretamente para nós, os observadores.

Os detalhes da gravura, o que mais chama atenção além do vestido vermelho em meio as outras cores mortas, são as pernas cruzadas que saem do vestido e são de cabra, peludas e com cascos. E como   ela esta´de costas para o espelho, do reflexo de sua cabeça no espelho vemos sair dois chifres.

O livro se abre com duas citações em inglês, uma de Emily Bronte extraída do Morro dos ventos uivantes, e acredito que a outra seja dois versos de Anne Sexton extraídos do poema For the Year of the Insane. E o que elas têm em comum? Não sei mas parece haver um diálogo netre elas: uma é um desejo, e a outra uma constatação, ou talvez uma pequena oração beirando o pagão.

I wish I were a girl again, half savage and hardy, and free. 

Emily Brontë, Wuthering Heights


I am in my own mind.

I am locked in the wrong house.

Anne Sexton, For the year of the insane

7

Terminei La pista de hielo. Apesar do romance girar em torno de um crime não dá pra evitar o humor em Roberto Bolaño. Seja pela visão de seus narradores, seja pelo insólito e patético de certas situações, há sempre uma risadinha no fim do túnel.

Rimos do demasiado humano que somos? - e que enxergamos refletidos em seus protagonistas? Rimos dos seus personagens à deriva? Rimos da intempérie que assola a quase todas suas criaturas? Rimos da loucura de alguns de seus personagens? Não sei. Mas um dos trunfos do autor chileno são as perguntas que sua obra nos suscita.

quarta-feira, janeiro 03, 2024

6

 Por se tratar de três perspectivas distintas às vezes parece que muitos detalhes das narrativas não são importanttes para o aspecto geral da trama. Ou seja, aparentemente o texto poderia ser mais curto e não atrapalharia o enredo e seu desenlace.

Assim como personagens secundárias parecem ter pouco peso na trama. Ao mesmo tempo, como num bom romance policial, as respostas estão nos detalhes e personagens secundárias podem muito bem virarem os principais suspeitos, ou os maiores protagonistas da história e seu desfecho.

Como disse anteriormente o texto prende por si só, mesmo com seus aparentes excessos. Também parece um exercício de escrita para as grandes obras que viriam depois como Os detetives selavagens ou seu romance mais pretensioso, 2666.

Ando com a leitura meio lenta por causa das festas de fim de ano talvez. Ou é a preguiça das férias. Estou na página 146 e até agora o crime ainda não ocorreu.