terça-feira, dezembro 13, 2011

Sob a sombra do desassossego


Instantes de sensibilidade:
Sinto uma maneira especial de perceber e enxergar as coisas, de perceber o que se convém chamar de real. Sinto o absurdo, o ilógico e o contraditório com mais familiaridade.  O absurdo e a falta de sentido das nossas vidas tomam forma em fantasmas que me dizem que a vida talvez não valha a pena, pois ela é demasiadamente sofrida, quando não para mim é para o meu irmão. O meu irmão pode ser meu pai minha irmã ou aquele estranho que pede dinheiro no ônibus ou aquela estranha que não sabe nem pedir mais porque já se cansou.
“A vida é uma viagem experimental, feita involuntariamente.”

Um comentário:

biamara disse...

imagino os fantasmas como emissários da morte. [é necessário reimaginar a morte para compreender o que estou respondendo.]
imagino-os convidando-nos a reimaginar o nosso viver cotidiano: as situações e os pathos em que estamos presos, aos quais estamos enlaçados.
do ponto de vista da morte que nos imagina, como a vida nos é necessária ser vivida?