Emília quer escrever um livro sobre a ausência e o silêncio. No entanto, está perdida entre a linguagem e a falta de sentido de sua vida: como escrever sobre a ausência e o silêncio dois fatores tão caros à sua existência? Poderia começar com um nome: Cristina. Cristina se tranformaria em Silvana ou Valéria com o passar do tempo até virar Alejandra e voltar a Cristina. Mas o livro escancaradamente exporia sua relação precária com a linguagem, o tempo, e não tocaria no âmago da questão: a ausêcia e o silêncio. Talvez devesse começar por Margarida, começar do começo. Por fim, seria um exercício de existência ou de persistência. Daría ou traría um sentido a vida de Emília. Um sentido até então desconhecido, quiçá, uma legitimidade a toda aquela mescla de banalidade e ingenuidade. Faz sentido?- se perguntou.
2 comentários:
Eu também quero escrever sobre a ausência e o silêncio.... mas tão difícil..........
comecemos pelas Margaridas.....
esta sinopse é também uma advertência ao leitor:
este livro é uma ausência e um silêncio. o seu sentido se alteia na linguagem herdada que sinto como perda falta ausência silêncio.
silêncio ausência falta perda velam as personagens que se manifestam:
cristina começo de silvana começo de valéria começo de alejandra começo de cristina começo de emília começo de margarida.
os rostos e as medidas atados aos nomes e suas transformações. o âmago da questão persiste como enigma em todas as relações.
os sentidos destas vidas que não se sabem - se dão a partir da abertura para o ilegítimo o banal e o ingênuo.
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