terça-feira, dezembro 13, 2011

Sob a sombra do desassossego


Instantes de sensibilidade:
Sinto uma maneira especial de perceber e enxergar as coisas, de perceber o que se convém chamar de real. Sinto o absurdo, o ilógico e o contraditório com mais familiaridade.  O absurdo e a falta de sentido das nossas vidas tomam forma em fantasmas que me dizem que a vida talvez não valha a pena, pois ela é demasiadamente sofrida, quando não para mim é para o meu irmão. O meu irmão pode ser meu pai minha irmã ou aquele estranho que pede dinheiro no ônibus ou aquela estranha que não sabe nem pedir mais porque já se cansou.
“A vida é uma viagem experimental, feita involuntariamente.”

sexta-feira, dezembro 09, 2011

"Creo en los fantasmas terribles de algun extraño lugar"

Sé que lo que pasé debe ser mi culpa, o por lo menos algo de lo que pasé sea. Mis fantasmas siguen conmigo aunque no me hablan más. Tento esforzarme y hacer planes casi inconscientemente aún así me desespero, no sé lo que es peor... no creer en nada y no esperar nada... Bueno, lo cierto es que mis fantasmas siguen aqui.





Amores Perros' screen shot

sábado, dezembro 03, 2011

"Que oír o mirar o comprender?"

Emília quer escrever um livro sobre a ausência e o silêncio. No entanto, está perdida entre a linguagem e a falta de sentido de sua vida: como escrever sobre a ausência e o silêncio dois fatores tão caros à sua existência?  Poderia começar com um nome: Cristina. Cristina se tranformaria em Silvana ou Valéria com o passar do tempo até virar Alejandra e voltar a Cristina. Mas o livro escancaradamente exporia sua relação precária com a linguagem, o tempo,  e não tocaria no âmago da questão: a ausêcia e o silêncio. Talvez devesse começar por Margarida, começar do começo. Por fim, seria um exercício de existência ou de persistência. Daría ou traría um sentido a vida de Emília. Um sentido até então desconhecido, quiçá, uma legitimidade a toda aquela mescla de banalidade e ingenuidade. Faz sentido?- se perguntou.

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Janelas


Das janelas de seu apartamento ela conseguia absorver a cidade, suas luzes e seus ruídos. Ela, entretanto, tinha muito medo dessas janelas, talvez tivesse medo da cidade, quiçá tivesse medo de sair voando por uma delas. Talvez seu maior receio fosse de que o vôo não tivesse  êxito.










HOPPER

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Diarios

"Esta vez es cierto: la salud está en la literatura. Es cierto pero también es abstracto."
ALEJANDRA PIZARNIK