sexta-feira, novembro 25, 2011

Castanhos

Emília sonhava com o dia em que não mais precisaria pedir perdão a C. Hoje,  foi assistir mais um filme de Almodóvar. Todos os filmes de Almodóvar a faziam recordar-se de C. Às vezes era uma personagem, às vezes era o enredo,  às vezes as cores,  às vezes uma canção, às vezes eram os olhos de Victoria Abril que faziam Emília desejar os olhos de C. Ela não conseguia contentar-se com a cidade, absorver seu encanto e sua arquitetura, tampouco, evadir-se nos diários de Alejandra. Ela só pensava no desejo de desejar outra, de desejar ser outra: "En vano escribes. Vano es el linguaje para quien aspira a una alta tensión del silencio."

quinta-feira, novembro 24, 2011

Nonsense

Emília achava que os jovens estavam fazendo muita literatura e pouco amor.

quarta-feira, novembro 16, 2011

Alessandra

AMEDEO  MODIGLIANI
Esperar que eles a entendessem. Esperar sem desespero pois havia muita coisa que ela não queria contar ou talvez não achasse a pessoa certa com quem dividir aquela dor. Segundo ela tudo era dor ou desejo de voltar a desejar. Faz sentido?

segunda-feira, novembro 14, 2011

quarta-feira, novembro 09, 2011

Miraflores

Tarde de pouca concentração, de teogonias com Galeano, de poesia com Alejandra  e Gullar, de pouca calma e muita angústia.

terça-feira, novembro 08, 2011

Lo de Alejandra

PAUL KLEE
A leitura de seu diário não flui, talvez com mais explicações, talvez com um espanhol melhor fluirá. Alejandra  se torna muito repetitiva em um dado momento.Tenho vontade de ler o diário de Kafka por causa de Alejandra e de Piglia.  Vou tentar viver e voltar amanhã ao seu diário.

segunda-feira, novembro 07, 2011

25 de junio de 1962

"Un viejo muro, un perro, un niño, te dicen lo mismo. Puedes sonreír al niño y aun al perro. ?Y al muro? También al muro."
ALEJANDRA PIZARNIK

domingo, novembro 06, 2011

A divina paródia

Não sei bem por qual anjo ou demônio minha personalidade foi moldada, nem sei ao certo se essa seria uma questão genuína. Tudo já parece  ter sido escrito por Alejandra, Maura e Rodrigo. Todas minhas angústias e traumas já foram escritos, então o que sobra? ler Hospício é Deus?
- Sobra procurar o que eram os demônios para os gregos, o  que são os demônios no xintoísmo, o que são os demônios na umbanda e no candomblé.

FOTO: Carmen Laforet

sexta-feira, novembro 04, 2011

Pizarnik y la literatura

"La vida perdida para la literatura por culpa de la literatura. Quiero decir, por querer hacer de mí un personaje literario en la vida real fracaso en mí deseo de hacer literatura con mi vida real pues ésta no existe: es literatura."
ALEJANDRA PIZARNIK


quarta-feira, novembro 02, 2011

19 de enero de 1961

"No compreendo como, con mi imaginación excesiva, no escribo cuentos. ? Por qué no me atrevo a inventar??Qué no me deja crear otro mundo que éste? ? Quien me adhiere y me fija adonde yo no quiero?"
ALEJANDRA PIZARNIK

El día de muertos me la pasé muy bien con un grupo de estudiantes de intercambio de la universidad. Deambulamos por Sampa, comimos mucho y platicamos un montón. Luego algunos de nosotros fuimos a ver una película de la mostra de cine que estuvo padrísima. La película se llama "Océu sobre os ombros." (Um filme de Sérgio Borges)


terça-feira, novembro 01, 2011

Com meus olhos lúbricos

"O que sucederia se não tivesse medo de sonhar-'me' otro?"

Tenho  medo do fogo e da àgua, da mulher e do homem, da faca e da pistola. Às vezes tenho medo de janelas abertas, do meu coração, da minha mente e de meus olhos. Tenho medo de ser rejeitado, tenho medo do seu jeito. Às vezes tenho medo de minhas mãos e  de sua boca. Às vezes tenho medo de te encontrar.