terça-feira, julho 22, 2008

Amostra na Cinemateca

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A COMÉDIA DO PODER
22 de julho a 07 de agosto de 2008
Ditadores em crise, políticos trapaceiros, patrões temperamentais, empregados megalomaníacos, intelectuais oportunistas, impérios desgovernados e os bastidores da negociata e da propina estão em cartaz na mostra A COMÉDIA DO PODER, destaque da programação da Cinemateca Brasileira entre os dias 22 de julho e 07 de agosto.
A tradução dada pelos distribuidores a L’Ivresse du pouvoir (2006), filme do veterano cineasta francês Claude Chabrol, serve de mote para o ciclo. A COMÉDIA DO PODER exibe, em cópias 35mm, dois clássicos da comédia política como O Grande Ditador (1940) – primeiro filme sonoro de Chaplin – e Diabo a quatro (1933), de Leo McCarey – clássico da filmografia dos irmãos Marx. Na programação, constam ainda dois títulos fundamentais para a formação do cinema moderno como A regra do jogo (1939), de Jean Renoir, influência decisiva para a geração da nouvelle vague, e Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, filme que, segundo François Truffaut, “resume todos e antecipa todos os outros”. Além de Kane, a mostra apresenta Macbeth (1948), também na versão dirigida por Welles, uma sombria adaptação para a peça de Shakespeare, e O poder vai dançar (1999), de Tim Robbins, filme que retrata o início da carreira do cineasta, então um jovem diretor de teatro às voltas com a censura.
O cinema brasileiro marca presença com filmes representativos de sua história: Caça à raposa (1913), de Antonio Campos, raro documentário do período silencioso; Nem Sansão nem Dalila (1954), de Carlos Manga, uma das mais célebres chanchadas da Atlântida na qual Oscarito imita, numa das seqüências, os trejeitos do ditador Getúlio Vargas; À meia noite levarei sua alma (1964), de José Mojica Marins, gênese da trilogia de Zé do Caixão, um dos personagens mais marcantes da história do cinema brasileiro; O bravo guerreiro (1969), de Gustavo Dahl, exemplar típico do Cinema Novo do pós-64; Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade, produção originalmente realizada para a TV italiana e Sermões: a história de Antonio Vieira (1989), de Júlio Bressane, que recria de forma nada tradicional a trajetória do pregador português assassinado na Capitania Hereditária de Salvador em 1697.
Do cinema brasileiro, a mostra A COMÉDIA DO PODER reúne ainda obras malditas como Cuidado madame (1970), de Júlio Bressane, uma produção da Belair Filmes, companhia fundada por Bressane e Rogério Sganzerla em 1970, responsável por alguns dos mais importantes filmes do cinema experimental brasileiro (uma rara cópia 16mm foi cedida pela Cinemateca do MAM no Rio de Janeiro) e Patty, a mulher proibida (1979), de Luiz Gonzaga dos Santos, uma produção da Boca do Lixo, com roteiro do escritor Marcos Rey.
Completando a programação, vale destacar, além da coletânea de curtas formada por Maranhão 66 (1966), de Glauber Rocha, Bla bla bla (1968), de Andrea Tonacci e Yellow Caesar (1941), de Alberto Cavalcanti, a exibição do musical Sr. Puntilla e seu criado Matti (1955), também de Cavalcanti, uma adaptação da peça homônima de Bertolt Brecht, com roteiro co-escrito pelo dramaturgo, e de Hitler, um filme da Alemanha (1977), de Hans-Jürgen Syberberg, cineasta inclassificável, autor de obras marginais dentro da geração do Novo Cinema Alemão.

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