terça-feira, março 18, 2008

Desvio


O mesmo, o outro
penso a limpo

e trato tudo como se fosse acidente

sempre esperando o pior


inferno e caos
porque amor e liberdade nunca vencem


só espero achar um lugar melhor
ou um jeito melhor de desistir

preso em minha própria teia

você sempre me avisava

mas eu não sei ouvir


A vida, uma sucessão de equívocos

a poesia, uma maneira de problematizá-los


De pneu, faço um balanço
meu menino brinca, eu estendo as roupas

A praça amanhece

Um comentário:

Anônimo disse...

muito triste, imagens desoladoras, nos faz pensar no absurdo que é viver.
mas é também de um lirismo bastante afinado com o ser contemporâneo que passa pela vida assim, tentando entender-se, sem nunca consegui-lo, e no fim, dá tudo no mesmo, viver ou desistir, já não representa diferença hoje.
bj fabi