(...) Literatura é um efeito mental.
Literatura é uma das coisas mais frágeis deste planeta.
Por isso, nas bibliotecas, existe, sempre, uma placa, exigindo: SILÊNCIO, como nos hospitais.
(Sem eu, sem tu, nem ele - Paulo Leminski)
quinta-feira, abril 30, 2020
quarta-feira, abril 29, 2020
minha única liberdade
..."No querer traer sin caos
portátiles vocablos."
(Alejandra Pizarnik)
absurdo coração mascarado
na luz e de equilíbrio distante
tempestuoso apreço por melancolias
e mercadorias que interrompem
a fluência de (um) existir
portátiles vocablos."
(Alejandra Pizarnik)
absurdo coração mascarado
na luz e de equilíbrio distante
tempestuoso apreço por melancolias
e mercadorias que interrompem
a fluência de (um) existir
sexta-feira, abril 24, 2020
Sem esperança nem medo:
Maldita charada, maldito equilíbrio, distante e vil. Enigma ignominioso que se transforma no meu ser. Surto. Serei eu? Uma porção de mim? Ou se confunde com o outro, ou melhor, será meu mergulho no outro que me habita? Talvez. Talvez ser faltante. Talvez máquina desejante. Lacan e eu brigamos muito.
quarta-feira, abril 22, 2020
Um pequeno sonho
A vida breve. Um coração absurdo desafia seus demônios em domingos lentos. Reconhece e se ilumina no absoluto. Lá fora as pessoas estão se matando. Epidemias pouco democráticas.
terça-feira, abril 21, 2020
Alma pra pensar
Invadido por deuses de um panteão que eu desconheço. Cósmica visão das manhãs, das noites e dos entardeceres. Tudo maquinalmente elaborado. Caixas chinesas.
quarta-feira, abril 15, 2020
"Se morrer é memória cerrada."
Volto a Alejandra, com uma fé cega, como quem ora a uma divindade que caminha rumo ao esquecimento. Com uma fé cega leio e releio seus versos, sua sede,suas imagens e escuto sua língua na noite e na aurora. Seus desejos se tornam meus.
terça-feira, abril 14, 2020
drummondiando em espanhol
para Alejandra Pizarnik
Sueño sin lilas
la vida sin fluencia
mercadorías y melancolías
de existir
casi nunca
casi nadie
Sueño sin lilas
la vida sin fluencia
mercadorías y melancolías
de existir
casi nunca
casi nadie
sábado, abril 11, 2020
retorno
sonhei com nosso tempo
não tinha fim
uma aurora permanente
uma proposta aliciante
e minha indecisão
escolha morosa
sem resposta
sem convicção
nem ser triste
tampouco feliz
ameaçador despertar
sexta-feira, abril 10, 2020
De existir
Para Ana C.
Desistir das covardias
desistir das dúvidas (temporárias)
desistir da fluência (diuturna)
de existir
nos versos dos outros
desistir da aventura bruta
de existir
desistir das saudades
e do ponto final
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