quarta-feira, fevereiro 17, 2016

"Non ridere, non lugere, neque detestari, sed intelligere."

Wendy Guerra



antes fosse a montanha ou o abismo -
estou farto de tanto vazio à volta de nada...

(Herberto Helder)

E agora, José?

*"não rir, não chorar, nem detestar, mas compreender" Spinoza citado em A Gaia Ciência - Nietzsche
(333- O que é cponhecer?)

Intelligere/ compreender para Nietzsche não é nem tipo de conciliação entre os três instintos mas uma certa relação entre eles.



segunda-feira, fevereiro 15, 2016

O resto é silêncio...

"Sou feito das ruínas do inacabado e é uma paisagem de desistências que definiria meu ser."

(F.P.?)

sábado, fevereiro 13, 2016

Lunatic ( the longest night before the sun rises )

At the window of my bedroom I can see the lights of the city saturday night. The houses and the apartments' lights. I can see the waning crescent lively. Such a marvelous scene, such a fantastic site, chilly and quiet. I can hear some humming, of course, engines, cars and buses taking the workers back home, delivering them at work, taking the clubbers to enjoy the night, some dogs barking fading away far away, a cat meowing alternately ceasing pretty close. There's also this sound of the tires rubbing the asphalt. The moon whitering shining. The dogs barking. The cat missing. There are no conflicts, only in my mind, only to my mind. I also recall some lyrics: "luna menguante pide un deseo" Frida Kahlo and Dr Gachet are watching me.


quinta-feira, fevereiro 11, 2016

Carta para Paula E. ( Delíro: liberté égalité fraternité ou la mort?)

“There is no document of civilization that is not at the same time a document of barbarism.”
 Walter Benjamin

Vivo divagando. Será que isso é viver? Me fazendo perguntas que realmente me interessam e tentando refletir sobre elas e suas respostas. Tentando achar novos pontos de perspectivas sobre assuntos e fatos que as pessoas de uma maneira geral já estão acostumados a não mais indagar, questões e diferenças que já estão dadas, conformadas, solidificadas, e que são tomadas como natural. Há uma expressão em inglês que traduz tudo isso e que no momento não encontro equivalente em português: "Questions and issues that most people take them for granted". Problemas que as pessoas não se importam ou que esqueceram que são cruciais e já os acomodaram em algum lugar de suas consciências. Outro dia tentava responder me o que é a beleza? Onde ela está e quando podemos absorve-la ou apenas contempla-la? Ultimamente tenho pensado muito sobre a desigualdade e a exclusão social. Coisas que nunca deixei de pensar acho, lembro me que desde o começo de nossas conversas falo sobre isso, e as relaciono do macro pro micro. Ou seja desde comentar das nossas mazelas sociais até o que eu meus pais e minha irmã sofremos na pele. Tenho contemplado esses assuntos, ou seja, a desigualdade e exclusão social, e absorvido algo. Tenho lido e ruminado bastante sobre esses dois aspectos claros de nossa sociedade nas minhas horas livres. Também tenho lido outras coisas que as pessoas estudadas chamam de 'existencialismo', ou melhor dito, tenho lido um livro mais ou menos longo, pros nossos tempos, pra correria do dia a dia, e tenho anotado coisas que me fazem pensar muito sobre vários aspectos de nossas vidas. São trechos ou relampejos que me fazem acordar, despertar, ou talvez evadir, sumir, deixar a 'realidade'. Curiosamente o nome do capitulo que me faz escrever estas linhas se chama Macbeth. Curiosamante o nome do romance se chama "La vida breve" de Onetti.
Lendo um desses trechos, fiquei com vontade de recita-lo pra você. Ao mesmo tempo tinha vontade de lhe fazer perguntas que não eram necessariamente para serem respondidas mas fazer você pensar. Ou fazer com que de alguma maneira você as me perguntasse de volta, não sei me explicar. Além disso acho que no fundo eu gostaria de lhe provocar com tais questões. Enquanto lia estes trechos essas perguntas surgiram:
Você é realmente aquilo que você pensa que é? Ou eu sou aquilo que imagino ser?
Ou você é apenas o posto que ocupa? seu trabalho? Eu sou apenas o professor de Inglês?
Estamos determinados por aquilo que fizeram crer que somos?
Se você tivesse em cada célula em cada parte de seu consciente a verdadeira inexorabilidade da morte você mudaria? Eu mudaria? Mudaríamos muitas pessoas? Também pensei em Clara e Alice. Vc largaria tudo isso para conviver mais com elas, aprender mais com elas, dar mais carinho, participar mais na vida delas? Você teria mais tempo pra amar Sergio seu companheiro de jornada, escuta-lo e dialogar com ele? Eu largaria o emprego de inglês para amar mais meus próximos, conversar mais com meu pai, entender seus pontos de vista e aprender sobre meus antepassados? Eu ocuparia mais tempo pra ajudar minha irmã? Amá-la? Ouvir suas histórias? Sobraria tempo pra tentar mudar o mundo, nossa estrutura, a desigualdade e  exclusão? Ou conviver com meus próximos e amá-los como a mim mesmo? Como diziam os judeus rebeldes?
Acho que por isso não levo bem o elogio e não me apego a ele. Acho que elogio só faz criar outra pessoa, não aquilo que realmente somos. O elogio cria mais ilusão  sobre nossa condição precária numa sociedade imensamente insana e precária. Injusta sobretudo. O elogio nos faz crer numa vida que não é a mais importante pra nós, ou pra mim pelo menos. Numa vida e numa sociedade que naturaliza a injustiça e a desigualdade entre seres humanos. Numa vida que ensinamos como normal pras próximas gerações.


domingo, fevereiro 07, 2016

Dialogo con El Pinche Bebé (DF)

(Platicando sobre poesia, memorizarlas, recitarlas en el transporte publico, mis planes, mis proyectos de 2016)

(...)
Sin embargo, mi ambición es que mis compas de toda Americalatina, Sampa, Mexico, Colombia, Perú y Argentina
formemos un canal en youtube para recitar textos y poesia que nos deen ganas
pero hay que ser memorizados
la unica regla

La otra ambición es formar un equipo en Sampa para recitar poesias en portugués y español en el transporte publico, pues, aqui no hay gente que lo haga
qué te parecen mis ambiciones?
y proyectos?

además, de chambear como una llama este año?

Aunque no sepa si las llamas chambean mucho o si hay una expresión por el sur como esta....?????

Bebé: pobres llamas, también son explotadas en en la hermana América del Sur, acá explotamos a los burros.Es una gran idea alchelas, me late me late!
Qué cagado que en Sampa no haya poesía recitada en lugraes públicos, acá hay bastante.Sin embargo, en Sampa hay muchísimo street art de protesta social, no? algo que aquí en el Defectuoso apenas comienza...

Neta. Hay puros evangelicos que me irritan gritando con sus biblias en el oído de la clase obrera
pues voy a resistir a sus pildoras soporiferas. Con un ejercito de recitadores...


Bebé: el ejército de recitadores más grade de America Latina

A lo mejor más grande del sur! como nuestra ciudad en el Sur


oye
no me importa si la gente quiere dormir, por lo menos, que duerman y sueñen otros sueños o rebelense
y se sueñan sueñen con nuestra gente, sus (des) venturas, nuestros sueños...
con nuestras colores
nuestras pesadillas
sueños más chidos!
y basta de la culpa cristiana
o del sueño del consumismo
creo...
pues, ahora te escucho
el resto es silencio...

sábado, fevereiro 06, 2016

Carnaval

Todos em Sampa parecem estar felizes. Pela janela ouço caminhões de som, blocos na rua, gente a festejar e a sambar nos espaços públicos. Sei que muitos devem estar trabalhando também. Mas aqueles que não estão, se divertem ou descansam. Como é bom saber que tem tanta gente a sambar  e a descansar e que Sampa 'parou' em nome da festa, do corpo, da mente, das tristezas e alegrias. Também estou me divertindo: ouvindo minhas poetas, escutando meus cantores, escrevendo e pensando. Vou voltar a minhas leituras e desconectar-me.